Passando por assuntos como a ética no jornalismo, o posicionamento dos veículos em relação aos seus profissionais, abordando as técnicas de apuração até os riscos da investigação, a máteria jornalismo investigativo nos proporcionou a possibilidade de reflexão e de transcrição de tudo aquilo que muitas vezes pensávamos, mas não tinhamos a oportunidade de relatar. Em forma de blogs, os alunos puderam abordar diversos temas dentro do ambiente investigativo e de forma direta ou indireta expressar suas opiniões á respeito do assunto.
Para ilustrar as etapas do curso, selecionei 10 textos desde a primeira semana de aula até o fim do curso e os destaquei abaixo:
Temas diversos desde a
1) http://cameraocultaa.blogspot.com.br/2012/09/agora-o-leitor-faz-noticia.html - Karina Batista.
2) http://jornalismoinvestigativoalessandra.blogspot.com.br/2012/09/formadores-de-opiniao.html - Alessandra Monteiro de Castro.
3) http://verbalence.wordpress.com/2012/09/21/meninos-sem-casa-comida-escola-familia/ - Mauro Pimentel.
4) http://jornalismoinvestigativoemfoco.blogspot.com.br/2012/09/materia-simples-denuncia-mercado-de.html - Pedro Moreno.
5) http://imprensaperiodicainvestigativa.blogspot.com.br/2012/09/caso-nardoni.html- Pamella Vasconcellos.
6) http://www.nathaliacasmon.blogspot.com.br/2012/11/se-torcer-sai-sangue.html - Nathalia Casmon.
7) http://investigando-ma.blogspot.com.br/2012/09/suas-fontes-nossas-fontes.html - Ice Roche.
8) http://www.cameraocultaa.blogspot.com.br/2012/10/os-jornalistas-estao-seguros.html - Karina Batista.
9) http://ojornalismoemdebate.wordpress.com/2012/09/24/o-premio-esso-de-jornalismo-o-que-e-e-como-funciona/ - Gabriela Viana.
10) http://ontheroadcoisasdesiguais.blogspot.com.br/2012/11/impresso-vs-online-batalha-dos-anos-2000.html - Priscila Binato.
Lente Investigativa
sábado, 24 de novembro de 2012
O trabalho por trás da reportagem
Da pauta à publicação do caderno especial O Filho da Rua, a repórter do jornal Zero Hora, Letícia Duarte, percorreu diversos obstáculos, angústias e conflitos. Durante três anos, acompanhou a trajetória de Felipe, garoto de rua em Porto Alegre. O resultado, um caderno especial de 16 páginas, recebeu o Prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos, na categoria especial Criança em situação de rua. Em entrevista à Abraji, a repórter conta sobre o processo de apuração do especial.
A ideia inicial da pauta era mostrar como nasce uma criança de rua. A primeira fonte de Letícia foram os próprios meninos de rua. Porém, ela logo percebeu que eles contavam muitas histórias inventadas e mentiam sobre o nome, idade e família. Para obter informações mais precisas, entrou em contato com as redes de assistência para crianças de rua.

Antes de se encontrar com Felipe, Letícia já o conhecia pelos documentos e pelas conversas com a mãe. Segundo ela, o menino viu na repórter um contato com sua mãe. Gravou inclusive um recado para a mãe no gravador. “Ele gostou de ser personagem, porque alguém prestou atenção nele”, disse ela.
Com autorização do Juizado da Infância e da Juventude, a jornalista acompanha Felipe desde março de 2009. Ao longo da apuração, Letícia percebeu que muitas crianças moradoras de rua tinham família. A partir de então, ela acrescentou uma nova pergunta à pauta: por que as crianças continuam na rua, apesar de todos os programas de assistência e recuperação?
A pauta, inicialmente programada para dois meses, levou três anos para ser publicada. O menino mudava continuamente de lugar e a mãe não tinha telefone. Durante a apuração, a familía mudou três vezes de endereço. Também havia falhas nas redes de atendimento. Restava apelar para vizinhos e conhecidos. “Cada nova apuração era uma nova busca”, diz ela. “Eu tinha muito medo de perder o contato, porque era uma conexão muito tênue com a mãe e com o menino”. Às vezes, a repórter saía pelas ruas sem saber se ia encontrá-lo.
Outro desafio que Letícia enfrentou foram as mentiras contadas pelo menino. Em diversos momentos, Felipe recontou seu passado de formas diferentes. Para chegar a uma história mais precisa, a repórter se cercou de diversas outras fontes, como documentos, informações de conselhos tutelares e escolas, relatos de familiares, educadores ou vizinhos.
Ao mesmo tempo em que a jornalista estava bem perto da história e da família, ela tentava se distanciar para não comprometer emocionalmente a reportagem. Ao longo da apuração, ela se tranquilizou ao perceber que a maior ajuda que poderia oferecer era contar a história de Felipe.
Hoje, Felipe tem 14 anos. Ainda cede à fissura pelo crack, tem medo de morte e da prisão. Porém, foi incluído em outro programa de recuperação. Sempre que se encontra com a repórter, mostra suas mãos limpas – o menino ficou com vergonha de suas unhas e dedos sujos na capa do caderno especial. “O que a gente sonha é que o jornalismo possa ter esse papel transformador”, completa Letícia. (ABRAJI).
A reportagem completa abaixo:
Nesta página encontra-se as mensagens enviadas pelos leitores do Zero Hora, em resposta a reportagem produzida:
http://wp.clicrbs.com.br/editor/2012/06/17/leitores-repercutem/
Reflexão:
Muitas vezes vemos uma reportagem e nem temos a dimensão do trabalho que realmente os envolvidos tiveram para chegar no processo final. Muitas vezes os riscos que correram, os dias que não dormiram, os medos que enfrentaram, por isso me chamou bastante atenção quando li esse texto do site da ABRAJI. Pode parecer uma questão bastante batida, mas achei válida a introdução deste texto em meu blog para a valorização de profissionais que muitas vezes não recebem o devido valor.
Achei interessante também ressaltar a opinião dos leitores em relação à matéria, podemos notar que muitos tem a noção e a dimensão do trabalho de todos os envolvidos em uma reportagem.
terça-feira, 20 de novembro de 2012
Os dez anos da ABRAJI
Comemoração:
A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) vai comemorar em 10 de dezembro seus 10 anos de fundação com um evento internacional no Departamento de Jornalismo e Editoração da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP – exatamente onde foi decidida a criação da instituição, por 140 jornalistas, ao final do seminário "Jornalismo investigativo: Ética, Técnicas e Perigos" em 7 de dezembro de 2002. O objetivo foi criar uma instituição para troca de experiências e busca de melhoria da qualidade do jornalismo, o que vem sendo conseguido.(site Abraji).
História:
O dia 2 de junho de 2002 talvez marque com precisão o final do século XX para o jornalismo brasileiro. Neste dia, o repórter Tim Lopes foi assassinado no Complexo do Alemão, Zona Norte carioca. Sua morte teve repercussão inédita entre seus pares. Cinco dias após o crime, em 7 de junho, jornalistas se reuniram em manifestação na Cinelândia, centro do Rio de Janeiro. O protesto contra a impunidade e a violência urbana transcendeu a rua e inspirou reflexão entre os profissionais colegas de Tim.
No sábado, 31 de agosto daquele ano, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro e o Knight Center para o Jornalismo nas Américas realizaram no Rio o seminário “Jornalismo Investigativo: Ética, Técnicas e Perigos”. Mais uma vez, jornalistas se perguntaram: por que não criar, no Brasil, uma entidade semelhante ao IRE (Investigative Reporters and Editors), dos Estados Unidos?
Na quarta-feira seguinte, 4 de setembro de 2002, às 14h28, Marcelo Beraba, hoje diretor da sucursal carioca de O Estado de S. Paulo, enviou o e-mail que pode ser considerado o embrião da ABRAJI. Ao texto, reproduzido abaixo, seguiu-se a realização de um novo seminário em São Paulo, no dia 7 de dezembro de 2002. A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo foi criada, oficialmente, em 16 de março de 2003.(site Abraji).
Abaixo a e-mail enviado para 44 jornalistas brasileiros e que ajudou em muito a criação da associação:
“Caríssimos,
como devem saber, foi realizado no Rio, no último sábado, o seminário "Jornalismo Investigativo: Ética, Técnicas e Perigos", organizado pelo Knight Center for Journalism in the Americas, que é dirigido pelo nosso Rosental. O seminário foi muito bom e, entre outras considerações, mais uma vez vários de nós que participávamos voltamos a nos perguntar por que não temos ainda no Brasil uma instituição parecida com o IRE (Investigative Reporters & Editors -www.ire.org), criado pelos jornalistas dos Estados Unidos, ou o Centro de Periodismo de Investigación (http://investigacion.org.mx), de nossos colegas mexicanos. Uma instituição formada e mantida por jornalistas, independente dos jornais e das entidades de classe (sindicatos, Fenaj e ANJ), voltada para a troca de informações entre nós, para a formação e a reciclagem profissional, para o aprofundamento dos conhecimentos e uso de ferramentas na área do jornalismo investigativo, para a formação de uma literatura e banco de dados, para a promoção de seminários, congressos e oficinas de aperfeiçoamento profissional. Uma entidade que pudesse fazer parcerias com os jornais, as TVs e as rádios, as entidades de classe, mas que fosse voltada principalmente para o trabalho de crescimento profissional dos jornalistas. Não seria uma entidade contra nada e nem contra ninguém, mas a favor da melhoria profissional, o que significa um respeito à sociedade que nos cobra um jornalismo de qualidade. É possível que uma entidade desta, a médio ou longo prazo, possa ajudar a criar alternativas de mercado no Brasil, é possível.
Bom, digo isto tudo porque senti uma disposição grande do David Kaplan, coordenador de treinamento internacional do IRE que participou do encontro no Rio, e do Rosental, da Knight, de ajudarem no pontapé inicial de uma iniciativa desta natureza. Vários de vocês já participaram de cursos ou congressos do IRE. E vários de nós temos conversado sobre este assunto. Daí esta mensagem.
A minha ideia é a gente jogar um pouco de conversa fora sobre este assunto, agregar mais jornalistas (repórteres e editores que tenham interesse) a esta lista e amadurecer um projeto que pode sair logo, pode demorar um pouco ou pode nem sair, se a gente não sentir firmeza. Mas acho que o assassinato do Tim Lopes ajuda a criar uma situação favorável.
É isso. Abraços, Marcelo Beraba”.
Reflexão:
A pergunta que fica após a leitura dessa e de outras reportagens é: Que caminho o jornalismo investigativo teria tomado sem a criação dessa associação?
Lembremos que além da inserção de debates, discussões, seus efeitos nas são apenas no campo teórico. De fato, a sua existência já colaborou, em muito, para a preservação da vida de milhares de jornalistas e vem cada vez mais lutando por isso.
A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) vai comemorar em 10 de dezembro seus 10 anos de fundação com um evento internacional no Departamento de Jornalismo e Editoração da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP – exatamente onde foi decidida a criação da instituição, por 140 jornalistas, ao final do seminário "Jornalismo investigativo: Ética, Técnicas e Perigos" em 7 de dezembro de 2002. O objetivo foi criar uma instituição para troca de experiências e busca de melhoria da qualidade do jornalismo, o que vem sendo conseguido.(site Abraji).
História:
O dia 2 de junho de 2002 talvez marque com precisão o final do século XX para o jornalismo brasileiro. Neste dia, o repórter Tim Lopes foi assassinado no Complexo do Alemão, Zona Norte carioca. Sua morte teve repercussão inédita entre seus pares. Cinco dias após o crime, em 7 de junho, jornalistas se reuniram em manifestação na Cinelândia, centro do Rio de Janeiro. O protesto contra a impunidade e a violência urbana transcendeu a rua e inspirou reflexão entre os profissionais colegas de Tim.
No sábado, 31 de agosto daquele ano, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro e o Knight Center para o Jornalismo nas Américas realizaram no Rio o seminário “Jornalismo Investigativo: Ética, Técnicas e Perigos”. Mais uma vez, jornalistas se perguntaram: por que não criar, no Brasil, uma entidade semelhante ao IRE (Investigative Reporters and Editors), dos Estados Unidos?
Na quarta-feira seguinte, 4 de setembro de 2002, às 14h28, Marcelo Beraba, hoje diretor da sucursal carioca de O Estado de S. Paulo, enviou o e-mail que pode ser considerado o embrião da ABRAJI. Ao texto, reproduzido abaixo, seguiu-se a realização de um novo seminário em São Paulo, no dia 7 de dezembro de 2002. A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo foi criada, oficialmente, em 16 de março de 2003.(site Abraji).
Abaixo a e-mail enviado para 44 jornalistas brasileiros e que ajudou em muito a criação da associação:
“Caríssimos,
como devem saber, foi realizado no Rio, no último sábado, o seminário "Jornalismo Investigativo: Ética, Técnicas e Perigos", organizado pelo Knight Center for Journalism in the Americas, que é dirigido pelo nosso Rosental. O seminário foi muito bom e, entre outras considerações, mais uma vez vários de nós que participávamos voltamos a nos perguntar por que não temos ainda no Brasil uma instituição parecida com o IRE (Investigative Reporters & Editors -www.ire.org), criado pelos jornalistas dos Estados Unidos, ou o Centro de Periodismo de Investigación (http://investigacion.org.mx), de nossos colegas mexicanos. Uma instituição formada e mantida por jornalistas, independente dos jornais e das entidades de classe (sindicatos, Fenaj e ANJ), voltada para a troca de informações entre nós, para a formação e a reciclagem profissional, para o aprofundamento dos conhecimentos e uso de ferramentas na área do jornalismo investigativo, para a formação de uma literatura e banco de dados, para a promoção de seminários, congressos e oficinas de aperfeiçoamento profissional. Uma entidade que pudesse fazer parcerias com os jornais, as TVs e as rádios, as entidades de classe, mas que fosse voltada principalmente para o trabalho de crescimento profissional dos jornalistas. Não seria uma entidade contra nada e nem contra ninguém, mas a favor da melhoria profissional, o que significa um respeito à sociedade que nos cobra um jornalismo de qualidade. É possível que uma entidade desta, a médio ou longo prazo, possa ajudar a criar alternativas de mercado no Brasil, é possível.
Bom, digo isto tudo porque senti uma disposição grande do David Kaplan, coordenador de treinamento internacional do IRE que participou do encontro no Rio, e do Rosental, da Knight, de ajudarem no pontapé inicial de uma iniciativa desta natureza. Vários de vocês já participaram de cursos ou congressos do IRE. E vários de nós temos conversado sobre este assunto. Daí esta mensagem.
A minha ideia é a gente jogar um pouco de conversa fora sobre este assunto, agregar mais jornalistas (repórteres e editores que tenham interesse) a esta lista e amadurecer um projeto que pode sair logo, pode demorar um pouco ou pode nem sair, se a gente não sentir firmeza. Mas acho que o assassinato do Tim Lopes ajuda a criar uma situação favorável.
É isso. Abraços, Marcelo Beraba”.
Reflexão:
A pergunta que fica após a leitura dessa e de outras reportagens é: Que caminho o jornalismo investigativo teria tomado sem a criação dessa associação?
Lembremos que além da inserção de debates, discussões, seus efeitos nas são apenas no campo teórico. De fato, a sua existência já colaborou, em muito, para a preservação da vida de milhares de jornalistas e vem cada vez mais lutando por isso.
sábado, 10 de novembro de 2012
A banalização da câmera e a influência no trabalho do fotojornalista
Há um bom tempo escutamos falar sobre a banalização da fotografia.Principalmente com criação da
imagem digital e, principalmente depois da popularização das câmeras digitais
compactas e dos celulares com câmeras fotográficas, a visão da difução da imagem tem alcançado patamares mais elevados, chegando até
mesmo a virar grandes discussões em sites de Fotografia, gerando algumas vezes, discussões verbais em torno do tema.
Existem vários motivos que levam, e geram, essas discussões à respeito da disseminação da foto na atualidade, entre elas, só para citar algumas,
temos o fato de que as Fotografias estariam sendo tiradas sem nenhuma técnica, como ajuste de foco, diafragma devidamente ajustado, ou outras técnicas do gênero. Teríamos também a criação de programas de
pós produção, como o Photoshop, que tem a possibilidade de manipular o real valor da fotografia. Mas o ponto fundamental do post é a interferência da banalização dos materiais fotográficos na mãos de populares, e como isso influencia no trabalho do profissional da área, o fotojornalista.
Não tem nexo uma pessoa estudar durante 4 anos, aprendendo muito mais que propriamente as técnicas da fotografia, mas a cultura em geral, em uma universidade, competindo com outras que não tem noção do envolvimento profissional necessário para exercer a função de fotógrafo.
Nada contra os entusiastas e amadores,
mas os mestres autodidatas ensinam que muito além do equipamento ou de
apenas controle de diafragma e obturador é necessário ter cultura. Sim
,cultura: livros, filmes, música, pintura, escultura, literatura,
informação, opinião…
OBS: Não estou dizendo que se faz necessário um currículo acadêmico para se tornar um fotógrafo,. mas a real dimensão e entrega que a profissão exige.Até por que grandes nomes da fotografia como Cartier-Bresson e
Sebastião Salgado nos provam que não é necessário uma graduação para serem diferenciados.
Muitos acham que a câmera faz o fotógrafo, e com isso tem um interesse de comprar equipamentos super modernos, diferenciados, importando-se apenas com o click fotográfico, esquecendo que por trás desse momento,(que também é importante) há toda uma preparação , um estudo daquilo que se vai fotografar.
Destaco uma frase de Ansel
Adams, fotógrafo norte americano, no qual ele diz: “Não fazemos uma foto apenas com uma câmera; ao ato de
fotografar trazemos todos os livros que lemos, os filmes que vimos, a
música que ouvimos, as pessoas que amamos.”
quinta-feira, 1 de novembro de 2012
Globo repórter de 2001 fala da CPI criada para investigar Ricardo Teixeira
Em agosto de 2001, o programa Globo Repórter abordou um dos temas mais polêmicos do futebol brasileiro. Uma relação até então sempre muito mal explicada. Contas nunca conferidas, satisfações nunca dadas, Ricardo Teixeira, presidente da CBF, sempre foi muito questionado em relação a transparência do seu trabalho à frente da entidade e o programa deixou evidente os esquemas de desvio de dinheiro e conduta que o dirigente se envolveu.
Na série é possível contabilizar um enriquecimento ilícito astronômico, além da movimentação em ações no mercado capital que giram em torno de dois bilhões de reais.
Não é uma novidade para o povo brasileiro o fato de Teixeira estar envolvido nessas armações, muito já se suspeitava em torno disso. O surpriendente para os fãs de esporte, mais especificamente os de futebol é a Rede Globo ter feito um programa para detonar o poderoso da CBF.
A emissora que nesses últimos anos encobriu e deixou de falar, por vezes citando brevemente o desenvolvimento da CPI contra o mandatário do futebol brasileiro.
Mas por que a maior emissora do país só divulgou uma reportagem sobre os esquemas de corrupção envolvendo Ricardo em 2001, se ele estava sendo investigado desde 1998?
Especula-se que esse programa só foi ao ar naquele ano por que o SBT estava oferecendo para o ´´clube dos 13 ´´50 milhões de reais para obter os direitos exclusivos da seleção. A Globo por sua vez, não quis cobrir a grande oferta feita pela emissora paulistana, e resolveu atacar o presidente da CBF.
O canal carioca então renovou pouco tempo depois com a Confederação Brasileira de Futebol, conseguindo os direitos de transmissão dos jogos do Brasil daquele ano até 2014 e além disso, em meio a negociações, conseguiu reduzir os preços que o SBT pagaria para a instituição.
Daquele ano para cá raramente se viu a Globo citar Ricardo Teixeira em seus telejornais, e mesmo quando citado nunca de forma tendensiosa.
A pergunta que fica é: Quem é o manipulador da história?
Aquele que ´´chantagia´´ (um canal televisivo), ou aquele que aceita o suborno?
Na série é possível contabilizar um enriquecimento ilícito astronômico, além da movimentação em ações no mercado capital que giram em torno de dois bilhões de reais.
Não é uma novidade para o povo brasileiro o fato de Teixeira estar envolvido nessas armações, muito já se suspeitava em torno disso. O surpriendente para os fãs de esporte, mais especificamente os de futebol é a Rede Globo ter feito um programa para detonar o poderoso da CBF.
A emissora que nesses últimos anos encobriu e deixou de falar, por vezes citando brevemente o desenvolvimento da CPI contra o mandatário do futebol brasileiro.
Mas por que a maior emissora do país só divulgou uma reportagem sobre os esquemas de corrupção envolvendo Ricardo em 2001, se ele estava sendo investigado desde 1998?
Especula-se que esse programa só foi ao ar naquele ano por que o SBT estava oferecendo para o ´´clube dos 13 ´´50 milhões de reais para obter os direitos exclusivos da seleção. A Globo por sua vez, não quis cobrir a grande oferta feita pela emissora paulistana, e resolveu atacar o presidente da CBF.
O canal carioca então renovou pouco tempo depois com a Confederação Brasileira de Futebol, conseguindo os direitos de transmissão dos jogos do Brasil daquele ano até 2014 e além disso, em meio a negociações, conseguiu reduzir os preços que o SBT pagaria para a instituição.
Daquele ano para cá raramente se viu a Globo citar Ricardo Teixeira em seus telejornais, e mesmo quando citado nunca de forma tendensiosa.
A pergunta que fica é: Quem é o manipulador da história?
Aquele que ´´chantagia´´ (um canal televisivo), ou aquele que aceita o suborno?
Segue abaixo todas as partes do programa globo reporter de 2001:
OBS: As partes três e quatro são mais específicas sobre a matéria.
domingo, 28 de outubro de 2012
Dicas de livros de trabalhos investigativos
Segue abaixo uma lista de 3 livros que têm temas bastante interessantes e relevantes na apuração e na construção do trabalho investigativo :
11 GOLS DE PLACA: UMA SELEÇÃO DE GRANDES REPORTAGENS SOBRE O NOSSO FUTEBOL
SINOPSE
Da máfia do apito aos contratos duvidosos da Nike com a CBF, passando pela muamba trazida pelos jogadores tetracampões da copa de 1994, estão reunidos neste volume os maiores escândalos do esporte mais amado do país. Este livro faz parte da série Jornalismo Investigativo, com textos de making of de Marcos Penido, João Máximo, André Rizek, Juca Kfouri, entre outras feras do jornalismo esportivo.50 ANOS DE CRIMES – REPORTAGENS POLICIAIS QUE MARCARAM O JORNALISMO BRASILEIRO

Assunto: POLÍCIA
Coleção: JORNALISMO INVESTIGATIVO
Páginas: 518
Editora/fornecedor: RECORD
SINOPSE
50 anos de crime mostra a trajetória ao mesmo tempo fascinante e aterradora do crime no Brasil por meio de uma seleção de reportagens policiais entre os anos 50 e 90. O livro é o segundo volume da Coleção Jornalismo Investigativo, uma iniciativa da Editora Record e da Abraji — Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo. O conceito é, em linhas gerais, o mesmo do primeiro livro da coleção, 10 Reportagens que abalaram a ditadura (2005): resgatar reportagens importantes que marcaram a imprensa brasileira e nos ajudar a compreender a evolução da violência, do país e do próprio jornalismo.A seleção procurou mostrar reportagens que, de alguma forma, traduzissem o espírito da época em que foram feitas: revelam crimes, criminosos e os próprios jornalistas. Comentários sobre os bastidores e o contexto das investigações, produzidos pelos autores das reportagens ou por jornalistas que cobriram ou acompanharam os casos tratados no livro, enriquecem cada capítulo.
10 REPORTAGENS QUE ABALARAM A DITADURA

Autor: MOLICA, FERNANDO
Assunto: POLITICAColeção: JORNALISMO INVESTIGATIVO
Páginas: 319
Editora/fornecedor: RECORD
SINOPSE Neste primeiro volume estão reunidas algumas das melhores matérias produzidas durante a ditatura militar, uma época pouco propícia para o exercício do jornalismo. Graças à ousadia, competência e coragem de seus autores e editores, episódios como as mordomias dos superfuncionários públicos, os bastidores do atentado ao Riocentro, a morte de Vladimir Herzog, os porões da tortura e a corrupção no governo militar, entre outros, alcançaram as primeiras páginas dos jornais e revistas, permitindo algum debate sobre os rumos da ditatura. |
domingo, 21 de outubro de 2012
Artigo 5º da TV Justiça aborda o tema do sigilo das fontes
Segue abaixo o programa da TV Justiça Artigo 5º, programa sobre os direitos e garantias fundamentais do cidadão brasileiro, previstos na Constituição Federal.
Na edição abaixo foram abordados o assunto do post anterior a respeito da importância do sigilo das fontes para o trabalho jornalístico.
Luiz Cláudio Cunha e Mamede Said Maia Filho foram os convidados do programa. Luiz Cláudio Cunha é jornalista há cerca de 40 anos e ganhou os prêmios Esso, Vladimir Herzog e Telesp. Foi o primeiro jornalista a receber o título de Cidadão de Notório Saber da Universidade de Brasília. O professor de Direito Público da Universidade de Brasília Mamede Said é doutor e mestre em Direito pela UnB e atua na área de pesquisa em Direito Administrativo e Constitucional.
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