sábado, 10 de novembro de 2012

A banalização da câmera e a influência no trabalho do fotojornalista


Há um bom tempo escutamos falar sobre a banalização da fotografia.Principalmente com criação da imagem digital e, principalmente depois da popularização das câmeras digitais compactas e dos celulares com câmeras fotográficas, a visão da difução da imagem tem alcançado patamares mais elevados, chegando até mesmo a virar grandes discussões em sites de Fotografia, gerando algumas vezes, discussões verbais em torno do tema.
 
Existem vários motivos que levam, e geram, essas discussões à respeito da disseminação da foto na atualidade, entre elas, só para citar algumas, temos o fato de que as Fotografias estariam sendo tiradas sem nenhuma técnica, como ajuste de foco, diafragma devidamente ajustado, ou outras técnicas do gênero. Teríamos também a criação de programas de pós produção, como o Photoshop, que tem a possibilidade de manipular o real valor da fotografia. Mas o ponto fundamental do post é a interferência da banalização dos materiais fotográficos na mãos de populares, e como isso influencia no trabalho do profissional da área, o fotojornalista.
 
Não tem nexo uma pessoa estudar durante 4 anos, aprendendo muito mais que propriamente as técnicas da fotografia, mas a cultura em geral, em uma universidade, competindo com outras que não tem noção do envolvimento profissional necessário para exercer a função de fotógrafo. 
Nada contra os entusiastas e amadores, mas os mestres autodidatas ensinam que muito além do equipamento ou de apenas controle de diafragma e obturador é necessário ter cultura. Sim ,cultura: livros, filmes, música, pintura, escultura, literatura, informação, opinião…
 OBS: Não estou dizendo que se faz necessário um currículo acadêmico para se tornar um fotógrafo,. mas a real dimensão e entrega que a profissão exige.Até por que grandes nomes da fotografia como Cartier-Bresson e Sebastião Salgado nos provam que não é necessário uma graduação para serem diferenciados.
 
Muitos acham que a câmera faz o fotógrafo, e com isso tem um interesse de comprar equipamentos super modernos, diferenciados, importando-se apenas com o click fotográfico, esquecendo que por trás desse momento,(que também é importante) há toda uma preparação , um estudo daquilo que se vai fotografar.

Destaco uma frase de Ansel Adams, fotógrafo norte americano, no qual ele diz: “Não fazemos uma foto apenas com uma câmera; ao ato de fotografar trazemos todos os livros que lemos, os filmes que vimos, a música que ouvimos, as pessoas que amamos.”

Acho que o post soa um pouco elitista se pararmos para refletir. Mas não creio que esse seja o caminho. Acho que o conhecimento esta aí para se compartilhado e partilhado e também creio que qualquer um possa ter acesso a todas fundamentações do fotojornalismo. Não quero é que as pessoas se confundam acessibilidade com banalização.












 
 




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