sábado, 29 de setembro de 2012

Voz da comunidade


Renë Silva é um dos ícones da nova geraçáo quando abordado o tema jornalismo da porta de casa, tema apresentado nas últimas aulas.

O garoto morador do complexo do alemäo, foi criador de um blog, que noticiou todos os acontecimentos de sua comunidade durante a operaçáo de retomada do morro pela polícia carioca. A informaçäo que era muito precária pelos veículos de comunicaçáo, até pelas distáncias que estes se encontravam da operaçäo, se tornaram uma arma nas mäos do jovem, que pode fornecer á sua maneira material tanto para os veículos nacionais, quanto para fora também.

Hoje, após alguns prëmios, várias palestras e uma vasta experiëncia adquirida o jovem, com seu blog "voz da comunidade'' säo uma referëncia no ramo jornalístico nacional.





http://renesilvasantos.blogspot.com.br/

Um tema antigo-atual

“Recentemente, uma campanha movida no Brasil contra a obrigatoriedade do diploma acadêmico para o exercício do jornalismo indicou até que ponto os pragmáticos chegam em seu desprezo pela teoria. Eles consideram que a simplicidade das técnicas jornalísticas dispensa uma abordagem teórica específica e uma formação especializada.”


Com essa citaçäo da jornalista e blogueira em seu blog do livro O Segredo da Pirâmide. Para uma teoria marxista do jornalismo de Adelmo Genro Filho, editado em1987, nos faz observar como um tema que é bastante discutido atualmente, já era pautado há 25 anos atrás.

Como muitos ignoram o olhar teórico e específico, só se importando com a prática, o feito.

Comparo esse pesamento com a filmagem de um jornal televisivo.
Antes de se fazer este programa há todo um preparo tanto dos jornalistas que preparam as matérias, tanto do pessoal do set de gravaçäo, tanto das equipes de externa que gravam as matérias na rua, ou seja há uma mobilizaçao para por toda aquela ''obra'' no ar.
Mas para essas pessoas que raciocinam como estes citados no trecho acima do livro do Adelmo ignoram todo esse processo e apenas däo valor ao que vai ar, näo valorizando tudo aquilo que deu origem ao produto final.
Näo sáo poucas o número de pessoas que pensam desta forma e para a profissäo do comunicador em geral em muito nos prejudica.


Aqui abaixo o texto completo do blog deSylvia Debossan Moretzsohn :

http://www.observatoriodaimprensa.com.br/news/view/_ed713_a_atualidade_de_um_classico

sábado, 22 de setembro de 2012

Matéria sobre Jornalismo Investigativo - Intermídias 2012

Segue abaixo um vídeo produzido pelo programa 'Conexões' (TV UFG) durante o Intermídias 2012 por acadêmicos do curso de Jornalismo da Universidade Federal de Goiás.

Essa matéria aborda uma das questões faladas em sala que é a definição de jornalismo investigativo, seria um editorial à parte ou toda forma de jornalismo seria investigativo?

A reportagem também fala dos riscos em torno da profissão, em forma de alerta a todos que pretendem seguir nesta profissão.


 

Vivemos uma época de liberdade?

``Cumprindo determinação da Justiça Eleitoral de Macapá, a S/A O Estado de S.Paulo retirou do ar o post do blog do jornalista João Bosco Rabello, intitulado "Um prefeito sob controle judicial". A empresa foi notificada nesta quarta, 19. No post, o jornalista, Diretor da sucursal do Estado em Brasília, informava que o atual prefeito da capital do Amapá, Roberto Goes (PDT), faz campanha com liberdade de movimentos restrita por acordo judicial: não pode ir a locais públicos a partir de determinados horários e nem se ausentar do Estado sem autorização judicial.
A circunstância do prefeito tem origem na sua prisão durante operação da Polícia Federal, em 2010, que desbaratou uma quadrilha instalada na estrutura do Estado do Amapá. A matéria não faz juízo de valor sobre o político e nem entra no mérito de sua situação judicial. Apenas a relata.
O juiz eleitoral auxiliar da propaganda eleitoral, Adão Joel Gomes de Carvalho, porém, acatou pedido de censura ao post feito pela advogada Gláucia Oliveira, cuja argumentação se baseia no inusitado princípio de que a notícia jornalística tem que ser necessariamente "contemporânea". A advogada, com esse argumento, considerou que a memória do caso que originou a restrição ao prefeito foi uma iniciativa ofensiva do jornalista e com claro objetivo de causar prejuízo eleitoral ao candidato à reeleição, Roberto Goes.

Ipsis literis, o trecho da petição da advogada aceito pelo juiz:
"...Assim trazendo os fatos à memória do eleitor, principalmente nesse período eleitoral, não tem outro objetivo de sujar a figura e reputação do representante perante o eleitorado. É o que chama de culto à imagem negativa, que é repelido pela Justiça Eleitoral.
O direito de informar pressupõe a divulgação de matérias contemporâneas, para levar à apreciação da população situação que devem (sic) ser de conhecimento público, e por algum motivo não foram informados (sic)".

A S/A O Estado de S.Paulo já recorreu da decisão´´.


Em cima dessa matéria tenho certeza que todos os cidadãos se perguntam que tipo de liberdade de expressão é essa que ouvimos falar?

Logicamente, já demos um grande passo em relação a época da ditadura, no qual nenhuma informação era dada sem o consentimento do estado, mas é importante esse questionamento. Nos perguntarmos, calcados nessa reportagem e em tanto outros casos ,se vivemos em uma época no qual podemos falar ou escrever tudo aquilo que quisermos.

domingo, 16 de setembro de 2012

Profissáo repórter: Jovens nas drogas


O programa Profissäo Repórter da Rede Globo que foi ao ar no dia 19/07/2011, reforça a idéia do último post.
O programa aborda uma consequëncia do descaso das autoridades com os jovens brasileiros, conduzindo-os para o mundo das drogas.
 Ao mesmo tempo que o programa exibe essa realidade ele busca a todo momento relatos de fontes diferentes, com constataçöes diferentes, sempre tentando buscar o contraditório e assim cria um campo menos parcial e de maior credibilidade. Ou seja, reforça a idéia do Jornalismo Socialmente Responsável.














A importäncia da questáo social no trabalho jornalístico


''O Brasil vive um processo de expansão de sua democracia e as coberturas jornalísticas sobre as "questões sociais" assumem importância fundamental à medida que as ações voltadas para o campo social – representadas nas políticas públicas – adquirem posição central. ''

Esse trecho faz parte do trabalho de pesquisa de Leonel Aguiar*e Vinicius Neder**.

Práticas jornalísticas e políticas públicas:
Estudo dos indicadores de análise
das coberturas sobre crianças e adolescentes.

Uma pesquisa baseada na análise das coberturas sobre a exclusão social de crianças e adolescentes, analisando a relaçäo entre o trabalho jornalístico e a política.

Questës como essas, se tornam cada vez mais vistas em qualquer veículo de comunicaçäo diariamente, por isso se deve ter a máxima cautela e noçäo de como se escreve e do que se escreve.
Para isso o termo "jornalismo socialmente responsável", que tem como fundamentos o desenvolvimento humano e a abordagem contextualizada nos relatos jornalísticos sobre os diversos aspectos da questão social, vem a ensinar os jornalistas ou escritores a compreender o que é fazer um matéria . Para isso, é preciso que as matérias não sejam apenas um simples relato dos acontecimentos. A prática do "jornalismo socialmente responsável", conforme definida a partir da proposta da ANDI, pode ser resumida em determinados parâmetros que são, simultaneamente, éticos e da técnica jornalística: a pluralidade de fontes – com a busca pelo contraditório –, o banimento de termos pejorativos, a contextualização dos acontecimentos em uma visão social mais ampla, a correta citação das fontes, a utilização dos mecanismos do Estado democrático de direito como referência de garantia básica de cidadania e a referência a políticas públicas, ponto em destaque neste trabalho.

Esse tipo de trabalho jornalístico se torna fundamental nos dias de hoje, principalmente com a existëncia da internet, onde muitas pessoas escrevem ou dizem o que querem, muitas vezes sem o mínima responsabilidade e consciëncia. É garantido que esse tipo de pesquisa se torne um material menos parcial por causa da pluralidade de fontes utilizadas e a busca pelo contraditório. Ou seja o material tende a ser um projeto de maior credibilidade.

* Jornalista, doutor em Comunicação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e professor do Programa de Pós-graduação em Comunicação Social da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio).

** Jornalista, mestre em Comunicação Social pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e redator do Jornal da Ciência, veículo da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).








 

domingo, 9 de setembro de 2012

Um marco para o jornalismo investigativo

A jornalista e ex-produtora do Jornal Nacional da TV Globo, Cristina Guimarães, que dividiu o Prêmio Esso com Tim Lopes, produzia com ele as matérias de jornalismo investigativo do telejornal. Ameaçada de morte, saiu da emissora sete meses antes do assassinato de Tim Lopes. Segundo ela, a direção de jornalismo da Rede Globo foi informada sobre as ameaças que sofria por parte dos traficantes, mas nada fez para protegê-la.
" Eu falei sobre os riscos que estávamos correndo sete meses antes de os traficantes do Alemão matarem o Tim Lopes. Eu implorei por atenção a estas ameaças e o que fez a TV Globo? Ignorou tudo. Sete meses depois, eles pegaram o Tim. Na ocasião do Prêmio Esso, antes de o Tim ser morto, eu liguei para ele e o alertei sobre os riscos de ter exposto seu rosto nos jornais. Na nossa profissão, é preciso ter muito cuidado para mostrar a cara. É muita ingenuidade achar que traficante não assiste TV e não lê jornal."
 Posteriormente, a jornalista entrou com uma ação judicial contra a rede, reclamando da falta de segurança para os jornalistas da emissora. Afinal, sempre em razão das ameaças sofridas, Cristina decidiu sair do Brasil.
Por volta das 17 horas do dia 2 de junho de 2002, domingo, Tim Lopes foi até a favela Vila Cruzeiro, no bairro do Complexo do Alemão, subúrbio do Rio de Janeiro, com uma microcâmera escondida numa pochete que levava na cintura, para gravar imagens de um baile funk promovido por traficantes de drogas. Ele havia recebido uma denúncia dos moradores da favela de que no baile acontecia a exploração sexual de adolescentes e a venda de drogas. Iria verificar também a informação de que os traficantes construíram um parque infantil numa via de acesso à comunidade, para dificultar a ação da polícia, e que desfilavam armados de fuzis.
Os traficantes estranharam a presença de Tim Lopes no local. Há suspeita de que, uma vez descoberto, sua morte tenha sido decidida como vingança pela reportagem feita anteriormente, sobre a venda de drogas no morro, veiculada em agosto de 2001 pela TV Globo. Depois dessa reportagem, vários traficantes foram presos e o tráfico da região teve um prejuízo em suas atividades criminosas por um longo tempo. Outras hipóteses são de que Tim Lopes tenha sido confundido com um policial ou um informante da polícia.
Segundo testemunhas, a morte de Tim Lopes foi definida pelo traficante Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco, um dos líderes do grupo criminoso Comando Vermelho, que dominava o Complexo do Alemão. As investigações indicam que participaram do crime outros nove traficantes de sua quadrilha. Antes da execução, os traficantes fizeram uma espécie de julgamento para decidir sobre a morte do jornalista. Ele foi torturado e em seguida morto. Em seguida, o corpo teria sido esquartejado e queimado - método popularmente chamado como "microondas", usado para ocultar o cadáver e o crime - na localidade da Grota. (Trecho retirado do wikipédia)








Esse episódio foi marcante na produção e atuação do jornalismo investigativo Brasileiro.
O posicionamento da profissão à frente da vida era facilmente encontrado pelos trabalhadores dessa área. A cobertura de operações policiais sem equipamentos de proteção, o risco diário e direto e as ameaças a que se expunham os repórteres nunca foram questionados pelos veículos de comunicação. Até o pior, com o assassinato de Tim tudo foi mudado com  o intuito de preservar a vida desses profissionais. Os veículos passaram a se importar mais com seus profissionais, lhe dando um suporte maior para que pudessem trabalhar com mais tranquilidade. As subidas frequentes no qual os repórteres faziam em operações em morros foram diminuidas, como exemplo deste caso cito o caso da dominação do complexo do alemão. A maioria das coberturas midiáticas foram feitas na entrada do morro, longe de toda a operação e era possível notar a proteção com equipamentos de segurança e posicionamentos estratégicos utilizados pelos repórteres e câmeras.

Infelizmente precisou-se do pior para que todas essas medidas fossem tomadas, mas com a certeza de que Tim Lopes será eternamente lembrado com um heróico jornalista.

Esportes são um dos temas da XXXV edição do INTERCOM

O Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação- , mais importante pólo de debate a respeito das teorias e práticas da profissão de jornalista, será realizado nos dias 3 a 7/9/2012, em Fortaleza, CE.O congresso que terá a sua trigésima quinta edição conta com vários palestrantes dos mais variados ramos, trazendo e fundamentando suas teorias a respeito da profissão.
 Entre os diversos temas que serão apresentados na edição deste ano, Leonel Azevedo de Aguiar (Professor do Programa de Pós-graduação e coordenador do curso de Comunicação Social da PUC-Rio. Jornalista, doutor e mestre em Comunicação (UFRJ)) e Luisa Pronchnik (Mestre em Comunicação Social pela PUC-Rio. Jornalista diplomada pela FACHA, trabalha atualmente como editora do programa Globo Esportes da Rede Globo de Televisão)  trazem o jornalismo esportivo como tônica de sua pesquisa e debate.
 Com o tema ``Práticas Profissionais e Estratégias Narrativas no Jornalismo Esportivo´´, a dupla tenta identificar em seu trabalho
 as práticas adotadas pelos jornalistas de três editorias e as estratégias narrativas utilizadas na construção de seus textos, em três sites: Lancenet!, Olé.com e o SportsIllustrated.com. O trabalho tem, como corpus, notícias sobre a Seleção Brasileira durante a Copa do Mundo de 2010. Utiliza-se a metodologia proposta por Nelson Traquina, que investiga semelhanças dos critérios de noticiabilidade em jornais de diferentes países, e empreende-se a análise de conteúdo das matérias selecionadas. A investigação revela semelhanças nas práticas jornalísticas e também diferenças na construção dos textos.
 A pesquisa foi desenvolvida em três esferas: contextualização, estudo das práticas jornalísticas e a análise do conteúdo das notícias. Esta realiza-se em duas etapas. A primeira, com foco nas práticas profissionais, investiga se os jornalistas compartilham os mesmos critérios de noticiabilidade na seleção de acontecimentos e na construção de seus textos. A pesquisa baseia-se nos mesmos parâmetros utilizados por Nelson Traquina (2008) em sua investigação acerca das semelhanças e diferenças na cobertura de jornais estrangeiros. A segunda etapa, com foco nas estratégias narrativas, investiga como o Brasil, através de notícias sobre a Seleção Brasileira na Copa 2010, é narrado pelos três sites selecionados.

Esse é um dos vários trabalhos que serão apresentados do dia 3 ao dia 7 de setembro na trigésima quinta edição da INTERCOM 2012.
Para mais informações e acesso ao programa completo do GP em http://www.intercom.org.br/sis/2012/programacientifico.asp?



sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Blogueiro é um jornalista?

Segundo o Supremo Tribunal Federal, no dia 17/06/2009 definiu  a não obrigatoriedade do currículo para a profissão de jornalista.

"O jornalismo é uma profissão diferenciada por causa da proximidade com a liberdade de expressão. Os jornalistas se dedicam profissionalmente ao exercício da liberdade de expressão", afirmou o ministro relator, Gilmar Mendes.

Essa medida nos faz pensar e refletir se é pertinente um aluno do curso de jornalismo, ficar durante quatro anos estudando as teorias e o ensinamento da parte prática da profissão em sala de aula.

Será que uma pessoa sem essa experiência acadêmica não conseguiria desempenhar uma função tanto quanto um graduado. Será que a teoria influencia tanto na prática.

O blogueiro por muitos encarado como um hobby e por outros como profissão, é um exemplo dessa questão.
Hoje em dia muitos jornalistas têm os seus blogs e postam matérias diárias, tendo milhares de visualizações. Mas também existe uma leva de blogs que também têm bastantes seguidores, mas que não são escritos por profissionais formados. É a chamada profissão de Blogueiro.

A pergunta chave do texto é Blogueiro é um jornalista?

Será que as questões éticas e comportamentais passadas durante o curso em uma faculdade alteram e atuam diretamente na atuação de um profissional. Ou simplesmente a prática, a rotina e os ensinamentos diários, tanto com a escrita, a gramática e com todas as questões envolvendo o que se escreve e de quem se escreve são suficientes para tornar-se um bom jornalista.

Fica a pergunta...

Estatuto dos Jornalistas do Brasil

Meu nome é Yuri Musser, estudante de comunicação da PUC-RIO e crio esse blog com o intuito de levantar questões críticas a respeito da profissão de jornalista. Pretendo abordar´desde métodos teóricos até a prática, passando por questões e conflitos éticos e comportamentais do profissional.

Para dar o pontapé inicial do Lente Investigativa gostaria de deixar um link do FENAJ (Federação Nacional dos Jornalistas), no qual estão presentes vários atributos e requisitos para uma pessoa física se tornar um bom jornalista.

                                        http://www.fenaj.org.br/federacao/estatuto_fenaj.pdf