Passando por assuntos como a ética no jornalismo, o posicionamento dos veículos em relação aos seus profissionais, abordando as técnicas de apuração até os riscos da investigação, a máteria jornalismo investigativo nos proporcionou a possibilidade de reflexão e de transcrição de tudo aquilo que muitas vezes pensávamos, mas não tinhamos a oportunidade de relatar. Em forma de blogs, os alunos puderam abordar diversos temas dentro do ambiente investigativo e de forma direta ou indireta expressar suas opiniões á respeito do assunto.
Para ilustrar as etapas do curso, selecionei 10 textos desde a primeira semana de aula até o fim do curso e os destaquei abaixo:
Temas diversos desde a
1) http://cameraocultaa.blogspot.com.br/2012/09/agora-o-leitor-faz-noticia.html - Karina Batista.
2) http://jornalismoinvestigativoalessandra.blogspot.com.br/2012/09/formadores-de-opiniao.html - Alessandra Monteiro de Castro.
3) http://verbalence.wordpress.com/2012/09/21/meninos-sem-casa-comida-escola-familia/ - Mauro Pimentel.
4) http://jornalismoinvestigativoemfoco.blogspot.com.br/2012/09/materia-simples-denuncia-mercado-de.html - Pedro Moreno.
5) http://imprensaperiodicainvestigativa.blogspot.com.br/2012/09/caso-nardoni.html- Pamella Vasconcellos.
6) http://www.nathaliacasmon.blogspot.com.br/2012/11/se-torcer-sai-sangue.html - Nathalia Casmon.
7) http://investigando-ma.blogspot.com.br/2012/09/suas-fontes-nossas-fontes.html - Ice Roche.
8) http://www.cameraocultaa.blogspot.com.br/2012/10/os-jornalistas-estao-seguros.html - Karina Batista.
9) http://ojornalismoemdebate.wordpress.com/2012/09/24/o-premio-esso-de-jornalismo-o-que-e-e-como-funciona/ - Gabriela Viana.
10) http://ontheroadcoisasdesiguais.blogspot.com.br/2012/11/impresso-vs-online-batalha-dos-anos-2000.html - Priscila Binato.
sábado, 24 de novembro de 2012
O trabalho por trás da reportagem
Da pauta à publicação do caderno especial O Filho da Rua, a repórter do jornal Zero Hora, Letícia Duarte, percorreu diversos obstáculos, angústias e conflitos. Durante três anos, acompanhou a trajetória de Felipe, garoto de rua em Porto Alegre. O resultado, um caderno especial de 16 páginas, recebeu o Prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos, na categoria especial Criança em situação de rua. Em entrevista à Abraji, a repórter conta sobre o processo de apuração do especial.
A ideia inicial da pauta era mostrar como nasce uma criança de rua. A primeira fonte de Letícia foram os próprios meninos de rua. Porém, ela logo percebeu que eles contavam muitas histórias inventadas e mentiam sobre o nome, idade e família. Para obter informações mais precisas, entrou em contato com as redes de assistência para crianças de rua.

Antes de se encontrar com Felipe, Letícia já o conhecia pelos documentos e pelas conversas com a mãe. Segundo ela, o menino viu na repórter um contato com sua mãe. Gravou inclusive um recado para a mãe no gravador. “Ele gostou de ser personagem, porque alguém prestou atenção nele”, disse ela.
Com autorização do Juizado da Infância e da Juventude, a jornalista acompanha Felipe desde março de 2009. Ao longo da apuração, Letícia percebeu que muitas crianças moradoras de rua tinham família. A partir de então, ela acrescentou uma nova pergunta à pauta: por que as crianças continuam na rua, apesar de todos os programas de assistência e recuperação?
A pauta, inicialmente programada para dois meses, levou três anos para ser publicada. O menino mudava continuamente de lugar e a mãe não tinha telefone. Durante a apuração, a familía mudou três vezes de endereço. Também havia falhas nas redes de atendimento. Restava apelar para vizinhos e conhecidos. “Cada nova apuração era uma nova busca”, diz ela. “Eu tinha muito medo de perder o contato, porque era uma conexão muito tênue com a mãe e com o menino”. Às vezes, a repórter saía pelas ruas sem saber se ia encontrá-lo.
Outro desafio que Letícia enfrentou foram as mentiras contadas pelo menino. Em diversos momentos, Felipe recontou seu passado de formas diferentes. Para chegar a uma história mais precisa, a repórter se cercou de diversas outras fontes, como documentos, informações de conselhos tutelares e escolas, relatos de familiares, educadores ou vizinhos.
Ao mesmo tempo em que a jornalista estava bem perto da história e da família, ela tentava se distanciar para não comprometer emocionalmente a reportagem. Ao longo da apuração, ela se tranquilizou ao perceber que a maior ajuda que poderia oferecer era contar a história de Felipe.
Hoje, Felipe tem 14 anos. Ainda cede à fissura pelo crack, tem medo de morte e da prisão. Porém, foi incluído em outro programa de recuperação. Sempre que se encontra com a repórter, mostra suas mãos limpas – o menino ficou com vergonha de suas unhas e dedos sujos na capa do caderno especial. “O que a gente sonha é que o jornalismo possa ter esse papel transformador”, completa Letícia. (ABRAJI).
A reportagem completa abaixo:
Nesta página encontra-se as mensagens enviadas pelos leitores do Zero Hora, em resposta a reportagem produzida:
http://wp.clicrbs.com.br/editor/2012/06/17/leitores-repercutem/
Reflexão:
Muitas vezes vemos uma reportagem e nem temos a dimensão do trabalho que realmente os envolvidos tiveram para chegar no processo final. Muitas vezes os riscos que correram, os dias que não dormiram, os medos que enfrentaram, por isso me chamou bastante atenção quando li esse texto do site da ABRAJI. Pode parecer uma questão bastante batida, mas achei válida a introdução deste texto em meu blog para a valorização de profissionais que muitas vezes não recebem o devido valor.
Achei interessante também ressaltar a opinião dos leitores em relação à matéria, podemos notar que muitos tem a noção e a dimensão do trabalho de todos os envolvidos em uma reportagem.
terça-feira, 20 de novembro de 2012
Os dez anos da ABRAJI
Comemoração:
A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) vai comemorar em 10 de dezembro seus 10 anos de fundação com um evento internacional no Departamento de Jornalismo e Editoração da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP – exatamente onde foi decidida a criação da instituição, por 140 jornalistas, ao final do seminário "Jornalismo investigativo: Ética, Técnicas e Perigos" em 7 de dezembro de 2002. O objetivo foi criar uma instituição para troca de experiências e busca de melhoria da qualidade do jornalismo, o que vem sendo conseguido.(site Abraji).
História:
O dia 2 de junho de 2002 talvez marque com precisão o final do século XX para o jornalismo brasileiro. Neste dia, o repórter Tim Lopes foi assassinado no Complexo do Alemão, Zona Norte carioca. Sua morte teve repercussão inédita entre seus pares. Cinco dias após o crime, em 7 de junho, jornalistas se reuniram em manifestação na Cinelândia, centro do Rio de Janeiro. O protesto contra a impunidade e a violência urbana transcendeu a rua e inspirou reflexão entre os profissionais colegas de Tim.
No sábado, 31 de agosto daquele ano, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro e o Knight Center para o Jornalismo nas Américas realizaram no Rio o seminário “Jornalismo Investigativo: Ética, Técnicas e Perigos”. Mais uma vez, jornalistas se perguntaram: por que não criar, no Brasil, uma entidade semelhante ao IRE (Investigative Reporters and Editors), dos Estados Unidos?
Na quarta-feira seguinte, 4 de setembro de 2002, às 14h28, Marcelo Beraba, hoje diretor da sucursal carioca de O Estado de S. Paulo, enviou o e-mail que pode ser considerado o embrião da ABRAJI. Ao texto, reproduzido abaixo, seguiu-se a realização de um novo seminário em São Paulo, no dia 7 de dezembro de 2002. A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo foi criada, oficialmente, em 16 de março de 2003.(site Abraji).
Abaixo a e-mail enviado para 44 jornalistas brasileiros e que ajudou em muito a criação da associação:
“Caríssimos,
como devem saber, foi realizado no Rio, no último sábado, o seminário "Jornalismo Investigativo: Ética, Técnicas e Perigos", organizado pelo Knight Center for Journalism in the Americas, que é dirigido pelo nosso Rosental. O seminário foi muito bom e, entre outras considerações, mais uma vez vários de nós que participávamos voltamos a nos perguntar por que não temos ainda no Brasil uma instituição parecida com o IRE (Investigative Reporters & Editors -www.ire.org), criado pelos jornalistas dos Estados Unidos, ou o Centro de Periodismo de Investigación (http://investigacion.org.mx), de nossos colegas mexicanos. Uma instituição formada e mantida por jornalistas, independente dos jornais e das entidades de classe (sindicatos, Fenaj e ANJ), voltada para a troca de informações entre nós, para a formação e a reciclagem profissional, para o aprofundamento dos conhecimentos e uso de ferramentas na área do jornalismo investigativo, para a formação de uma literatura e banco de dados, para a promoção de seminários, congressos e oficinas de aperfeiçoamento profissional. Uma entidade que pudesse fazer parcerias com os jornais, as TVs e as rádios, as entidades de classe, mas que fosse voltada principalmente para o trabalho de crescimento profissional dos jornalistas. Não seria uma entidade contra nada e nem contra ninguém, mas a favor da melhoria profissional, o que significa um respeito à sociedade que nos cobra um jornalismo de qualidade. É possível que uma entidade desta, a médio ou longo prazo, possa ajudar a criar alternativas de mercado no Brasil, é possível.
Bom, digo isto tudo porque senti uma disposição grande do David Kaplan, coordenador de treinamento internacional do IRE que participou do encontro no Rio, e do Rosental, da Knight, de ajudarem no pontapé inicial de uma iniciativa desta natureza. Vários de vocês já participaram de cursos ou congressos do IRE. E vários de nós temos conversado sobre este assunto. Daí esta mensagem.
A minha ideia é a gente jogar um pouco de conversa fora sobre este assunto, agregar mais jornalistas (repórteres e editores que tenham interesse) a esta lista e amadurecer um projeto que pode sair logo, pode demorar um pouco ou pode nem sair, se a gente não sentir firmeza. Mas acho que o assassinato do Tim Lopes ajuda a criar uma situação favorável.
É isso. Abraços, Marcelo Beraba”.
Reflexão:
A pergunta que fica após a leitura dessa e de outras reportagens é: Que caminho o jornalismo investigativo teria tomado sem a criação dessa associação?
Lembremos que além da inserção de debates, discussões, seus efeitos nas são apenas no campo teórico. De fato, a sua existência já colaborou, em muito, para a preservação da vida de milhares de jornalistas e vem cada vez mais lutando por isso.
A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) vai comemorar em 10 de dezembro seus 10 anos de fundação com um evento internacional no Departamento de Jornalismo e Editoração da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP – exatamente onde foi decidida a criação da instituição, por 140 jornalistas, ao final do seminário "Jornalismo investigativo: Ética, Técnicas e Perigos" em 7 de dezembro de 2002. O objetivo foi criar uma instituição para troca de experiências e busca de melhoria da qualidade do jornalismo, o que vem sendo conseguido.(site Abraji).
História:
O dia 2 de junho de 2002 talvez marque com precisão o final do século XX para o jornalismo brasileiro. Neste dia, o repórter Tim Lopes foi assassinado no Complexo do Alemão, Zona Norte carioca. Sua morte teve repercussão inédita entre seus pares. Cinco dias após o crime, em 7 de junho, jornalistas se reuniram em manifestação na Cinelândia, centro do Rio de Janeiro. O protesto contra a impunidade e a violência urbana transcendeu a rua e inspirou reflexão entre os profissionais colegas de Tim.
No sábado, 31 de agosto daquele ano, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro e o Knight Center para o Jornalismo nas Américas realizaram no Rio o seminário “Jornalismo Investigativo: Ética, Técnicas e Perigos”. Mais uma vez, jornalistas se perguntaram: por que não criar, no Brasil, uma entidade semelhante ao IRE (Investigative Reporters and Editors), dos Estados Unidos?
Na quarta-feira seguinte, 4 de setembro de 2002, às 14h28, Marcelo Beraba, hoje diretor da sucursal carioca de O Estado de S. Paulo, enviou o e-mail que pode ser considerado o embrião da ABRAJI. Ao texto, reproduzido abaixo, seguiu-se a realização de um novo seminário em São Paulo, no dia 7 de dezembro de 2002. A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo foi criada, oficialmente, em 16 de março de 2003.(site Abraji).
Abaixo a e-mail enviado para 44 jornalistas brasileiros e que ajudou em muito a criação da associação:
“Caríssimos,
como devem saber, foi realizado no Rio, no último sábado, o seminário "Jornalismo Investigativo: Ética, Técnicas e Perigos", organizado pelo Knight Center for Journalism in the Americas, que é dirigido pelo nosso Rosental. O seminário foi muito bom e, entre outras considerações, mais uma vez vários de nós que participávamos voltamos a nos perguntar por que não temos ainda no Brasil uma instituição parecida com o IRE (Investigative Reporters & Editors -www.ire.org), criado pelos jornalistas dos Estados Unidos, ou o Centro de Periodismo de Investigación (http://investigacion.org.mx), de nossos colegas mexicanos. Uma instituição formada e mantida por jornalistas, independente dos jornais e das entidades de classe (sindicatos, Fenaj e ANJ), voltada para a troca de informações entre nós, para a formação e a reciclagem profissional, para o aprofundamento dos conhecimentos e uso de ferramentas na área do jornalismo investigativo, para a formação de uma literatura e banco de dados, para a promoção de seminários, congressos e oficinas de aperfeiçoamento profissional. Uma entidade que pudesse fazer parcerias com os jornais, as TVs e as rádios, as entidades de classe, mas que fosse voltada principalmente para o trabalho de crescimento profissional dos jornalistas. Não seria uma entidade contra nada e nem contra ninguém, mas a favor da melhoria profissional, o que significa um respeito à sociedade que nos cobra um jornalismo de qualidade. É possível que uma entidade desta, a médio ou longo prazo, possa ajudar a criar alternativas de mercado no Brasil, é possível.
Bom, digo isto tudo porque senti uma disposição grande do David Kaplan, coordenador de treinamento internacional do IRE que participou do encontro no Rio, e do Rosental, da Knight, de ajudarem no pontapé inicial de uma iniciativa desta natureza. Vários de vocês já participaram de cursos ou congressos do IRE. E vários de nós temos conversado sobre este assunto. Daí esta mensagem.
A minha ideia é a gente jogar um pouco de conversa fora sobre este assunto, agregar mais jornalistas (repórteres e editores que tenham interesse) a esta lista e amadurecer um projeto que pode sair logo, pode demorar um pouco ou pode nem sair, se a gente não sentir firmeza. Mas acho que o assassinato do Tim Lopes ajuda a criar uma situação favorável.
É isso. Abraços, Marcelo Beraba”.
Reflexão:
A pergunta que fica após a leitura dessa e de outras reportagens é: Que caminho o jornalismo investigativo teria tomado sem a criação dessa associação?
Lembremos que além da inserção de debates, discussões, seus efeitos nas são apenas no campo teórico. De fato, a sua existência já colaborou, em muito, para a preservação da vida de milhares de jornalistas e vem cada vez mais lutando por isso.
sábado, 10 de novembro de 2012
A banalização da câmera e a influência no trabalho do fotojornalista
Há um bom tempo escutamos falar sobre a banalização da fotografia.Principalmente com criação da
imagem digital e, principalmente depois da popularização das câmeras digitais
compactas e dos celulares com câmeras fotográficas, a visão da difução da imagem tem alcançado patamares mais elevados, chegando até
mesmo a virar grandes discussões em sites de Fotografia, gerando algumas vezes, discussões verbais em torno do tema.
Existem vários motivos que levam, e geram, essas discussões à respeito da disseminação da foto na atualidade, entre elas, só para citar algumas,
temos o fato de que as Fotografias estariam sendo tiradas sem nenhuma técnica, como ajuste de foco, diafragma devidamente ajustado, ou outras técnicas do gênero. Teríamos também a criação de programas de
pós produção, como o Photoshop, que tem a possibilidade de manipular o real valor da fotografia. Mas o ponto fundamental do post é a interferência da banalização dos materiais fotográficos na mãos de populares, e como isso influencia no trabalho do profissional da área, o fotojornalista.
Não tem nexo uma pessoa estudar durante 4 anos, aprendendo muito mais que propriamente as técnicas da fotografia, mas a cultura em geral, em uma universidade, competindo com outras que não tem noção do envolvimento profissional necessário para exercer a função de fotógrafo.
Nada contra os entusiastas e amadores,
mas os mestres autodidatas ensinam que muito além do equipamento ou de
apenas controle de diafragma e obturador é necessário ter cultura. Sim
,cultura: livros, filmes, música, pintura, escultura, literatura,
informação, opinião…
OBS: Não estou dizendo que se faz necessário um currículo acadêmico para se tornar um fotógrafo,. mas a real dimensão e entrega que a profissão exige.Até por que grandes nomes da fotografia como Cartier-Bresson e
Sebastião Salgado nos provam que não é necessário uma graduação para serem diferenciados.
Muitos acham que a câmera faz o fotógrafo, e com isso tem um interesse de comprar equipamentos super modernos, diferenciados, importando-se apenas com o click fotográfico, esquecendo que por trás desse momento,(que também é importante) há toda uma preparação , um estudo daquilo que se vai fotografar.
Destaco uma frase de Ansel
Adams, fotógrafo norte americano, no qual ele diz: “Não fazemos uma foto apenas com uma câmera; ao ato de
fotografar trazemos todos os livros que lemos, os filmes que vimos, a
música que ouvimos, as pessoas que amamos.”
quinta-feira, 1 de novembro de 2012
Globo repórter de 2001 fala da CPI criada para investigar Ricardo Teixeira
Em agosto de 2001, o programa Globo Repórter abordou um dos temas mais polêmicos do futebol brasileiro. Uma relação até então sempre muito mal explicada. Contas nunca conferidas, satisfações nunca dadas, Ricardo Teixeira, presidente da CBF, sempre foi muito questionado em relação a transparência do seu trabalho à frente da entidade e o programa deixou evidente os esquemas de desvio de dinheiro e conduta que o dirigente se envolveu.
Na série é possível contabilizar um enriquecimento ilícito astronômico, além da movimentação em ações no mercado capital que giram em torno de dois bilhões de reais.
Não é uma novidade para o povo brasileiro o fato de Teixeira estar envolvido nessas armações, muito já se suspeitava em torno disso. O surpriendente para os fãs de esporte, mais especificamente os de futebol é a Rede Globo ter feito um programa para detonar o poderoso da CBF.
A emissora que nesses últimos anos encobriu e deixou de falar, por vezes citando brevemente o desenvolvimento da CPI contra o mandatário do futebol brasileiro.
Mas por que a maior emissora do país só divulgou uma reportagem sobre os esquemas de corrupção envolvendo Ricardo em 2001, se ele estava sendo investigado desde 1998?
Especula-se que esse programa só foi ao ar naquele ano por que o SBT estava oferecendo para o ´´clube dos 13 ´´50 milhões de reais para obter os direitos exclusivos da seleção. A Globo por sua vez, não quis cobrir a grande oferta feita pela emissora paulistana, e resolveu atacar o presidente da CBF.
O canal carioca então renovou pouco tempo depois com a Confederação Brasileira de Futebol, conseguindo os direitos de transmissão dos jogos do Brasil daquele ano até 2014 e além disso, em meio a negociações, conseguiu reduzir os preços que o SBT pagaria para a instituição.
Daquele ano para cá raramente se viu a Globo citar Ricardo Teixeira em seus telejornais, e mesmo quando citado nunca de forma tendensiosa.
A pergunta que fica é: Quem é o manipulador da história?
Aquele que ´´chantagia´´ (um canal televisivo), ou aquele que aceita o suborno?
Na série é possível contabilizar um enriquecimento ilícito astronômico, além da movimentação em ações no mercado capital que giram em torno de dois bilhões de reais.
Não é uma novidade para o povo brasileiro o fato de Teixeira estar envolvido nessas armações, muito já se suspeitava em torno disso. O surpriendente para os fãs de esporte, mais especificamente os de futebol é a Rede Globo ter feito um programa para detonar o poderoso da CBF.
A emissora que nesses últimos anos encobriu e deixou de falar, por vezes citando brevemente o desenvolvimento da CPI contra o mandatário do futebol brasileiro.
Mas por que a maior emissora do país só divulgou uma reportagem sobre os esquemas de corrupção envolvendo Ricardo em 2001, se ele estava sendo investigado desde 1998?
Especula-se que esse programa só foi ao ar naquele ano por que o SBT estava oferecendo para o ´´clube dos 13 ´´50 milhões de reais para obter os direitos exclusivos da seleção. A Globo por sua vez, não quis cobrir a grande oferta feita pela emissora paulistana, e resolveu atacar o presidente da CBF.
O canal carioca então renovou pouco tempo depois com a Confederação Brasileira de Futebol, conseguindo os direitos de transmissão dos jogos do Brasil daquele ano até 2014 e além disso, em meio a negociações, conseguiu reduzir os preços que o SBT pagaria para a instituição.
Daquele ano para cá raramente se viu a Globo citar Ricardo Teixeira em seus telejornais, e mesmo quando citado nunca de forma tendensiosa.
A pergunta que fica é: Quem é o manipulador da história?
Aquele que ´´chantagia´´ (um canal televisivo), ou aquele que aceita o suborno?
Segue abaixo todas as partes do programa globo reporter de 2001:
OBS: As partes três e quatro são mais específicas sobre a matéria.
domingo, 28 de outubro de 2012
Dicas de livros de trabalhos investigativos
Segue abaixo uma lista de 3 livros que têm temas bastante interessantes e relevantes na apuração e na construção do trabalho investigativo :
11 GOLS DE PLACA: UMA SELEÇÃO DE GRANDES REPORTAGENS SOBRE O NOSSO FUTEBOL
SINOPSE
Da máfia do apito aos contratos duvidosos da Nike com a CBF, passando pela muamba trazida pelos jogadores tetracampões da copa de 1994, estão reunidos neste volume os maiores escândalos do esporte mais amado do país. Este livro faz parte da série Jornalismo Investigativo, com textos de making of de Marcos Penido, João Máximo, André Rizek, Juca Kfouri, entre outras feras do jornalismo esportivo.50 ANOS DE CRIMES – REPORTAGENS POLICIAIS QUE MARCARAM O JORNALISMO BRASILEIRO

Assunto: POLÍCIA
Coleção: JORNALISMO INVESTIGATIVO
Páginas: 518
Editora/fornecedor: RECORD
SINOPSE
50 anos de crime mostra a trajetória ao mesmo tempo fascinante e aterradora do crime no Brasil por meio de uma seleção de reportagens policiais entre os anos 50 e 90. O livro é o segundo volume da Coleção Jornalismo Investigativo, uma iniciativa da Editora Record e da Abraji — Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo. O conceito é, em linhas gerais, o mesmo do primeiro livro da coleção, 10 Reportagens que abalaram a ditadura (2005): resgatar reportagens importantes que marcaram a imprensa brasileira e nos ajudar a compreender a evolução da violência, do país e do próprio jornalismo.A seleção procurou mostrar reportagens que, de alguma forma, traduzissem o espírito da época em que foram feitas: revelam crimes, criminosos e os próprios jornalistas. Comentários sobre os bastidores e o contexto das investigações, produzidos pelos autores das reportagens ou por jornalistas que cobriram ou acompanharam os casos tratados no livro, enriquecem cada capítulo.
10 REPORTAGENS QUE ABALARAM A DITADURA

Autor: MOLICA, FERNANDO
Assunto: POLITICAColeção: JORNALISMO INVESTIGATIVO
Páginas: 319
Editora/fornecedor: RECORD
SINOPSE Neste primeiro volume estão reunidas algumas das melhores matérias produzidas durante a ditatura militar, uma época pouco propícia para o exercício do jornalismo. Graças à ousadia, competência e coragem de seus autores e editores, episódios como as mordomias dos superfuncionários públicos, os bastidores do atentado ao Riocentro, a morte de Vladimir Herzog, os porões da tortura e a corrupção no governo militar, entre outros, alcançaram as primeiras páginas dos jornais e revistas, permitindo algum debate sobre os rumos da ditatura. |
domingo, 21 de outubro de 2012
Artigo 5º da TV Justiça aborda o tema do sigilo das fontes
Segue abaixo o programa da TV Justiça Artigo 5º, programa sobre os direitos e garantias fundamentais do cidadão brasileiro, previstos na Constituição Federal.
Na edição abaixo foram abordados o assunto do post anterior a respeito da importância do sigilo das fontes para o trabalho jornalístico.
Luiz Cláudio Cunha e Mamede Said Maia Filho foram os convidados do programa. Luiz Cláudio Cunha é jornalista há cerca de 40 anos e ganhou os prêmios Esso, Vladimir Herzog e Telesp. Foi o primeiro jornalista a receber o título de Cidadão de Notório Saber da Universidade de Brasília. O professor de Direito Público da Universidade de Brasília Mamede Said é doutor e mestre em Direito pela UnB e atua na área de pesquisa em Direito Administrativo e Constitucional.
Sigilo da fonte facilita o trabalho jornalístico
Se um jornalista for chamado a depor diante de um juiz, em processo criminal ou cível, ele tem o direito constitucional de não revelar o nome da pessoa que lhe passou a informação jornalística, caso essa revelação coloque em risco o exercício profissional. A prerrogativa é assegurada pela Constituição Federal e a negativa não acarretará responsabilidade penal. “Porém, se o profissional receber a informação ´ in off ´ e a revelar em juízo poderá se responsabilizar perante o informante”, lembra a promotora de justiça e professora universitária Ana Lúcia Menezes Vieira.
“No Brasil, a discussão sobre o sigilo da fonte é muito incipiente”, diz a pesquisadora. Ela estudou o tema para a pesquisa O sigilo da fonte de informação jornalística como limite à prova no processo penal, apresentada em 5 de junho na Faculdade de Direito (FD) da USP sob a orientação do professor Antonio Magalhães Gomes Filho. Ana Lúcia também pesquisou o que diz a legislação sobre o assunto em outros países: Estados Unidos, Suécia, Portugal, Alemanha, Itália, França, Argentina e Inglaterra.
De acordo com o texto acima retirado do site da ABRAJI , do 16 de outubro de 2012, o sigilo da fonte perante lei brasileira, facilita o trabalho do jornalista, permitindo que o jornalista explore o máximo de pessoas possível em busca da informação e ao mesmo tempo deixa de inibir essas fontes , que na maioria dos casos nao querem a sua identificação revelada.
“No Brasil, a discussão sobre o sigilo da fonte é muito incipiente”, diz a pesquisadora. Ela estudou o tema para a pesquisa O sigilo da fonte de informação jornalística como limite à prova no processo penal, apresentada em 5 de junho na Faculdade de Direito (FD) da USP sob a orientação do professor Antonio Magalhães Gomes Filho. Ana Lúcia também pesquisou o que diz a legislação sobre o assunto em outros países: Estados Unidos, Suécia, Portugal, Alemanha, Itália, França, Argentina e Inglaterra.
De acordo com o texto acima retirado do site da ABRAJI , do 16 de outubro de 2012, o sigilo da fonte perante lei brasileira, facilita o trabalho do jornalista, permitindo que o jornalista explore o máximo de pessoas possível em busca da informação e ao mesmo tempo deixa de inibir essas fontes , que na maioria dos casos nao querem a sua identificação revelada.
domingo, 7 de outubro de 2012
Brasil só perde pra Síria em assassinatos de jornalistas, declarou Efraim Filho (Democratas-PB)
Ainda e contraditória a ocupação do Brasil quando se fala de assasinato aos jornalistas. Algumas fontes informam que o país ocupa o segundo lugar como o país mais perigoso nesse quesito, alguns falam em terceiro e outros citam como o quarto. Mas nenhuma dessas variantes mudam o principal enfoque. O Brasil, com seu governo ainda deixa muito a desejar quando o assunto e a segurança dos profissionais da mídia.
Este video abaixo mostra o deputado Efraim Filho defendendo penas duras para crimes contra jornalistas.
''Durante audiência pública para discutir a violência contra jornalistas, o presidente da Comissão da Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, deputado Efraim Filho (Democratas-PB), defendeu a fixação de punições severas para esses tipos de crimes. "Não podemos ser permissivos. A pena tem que ser dura e a lei deve ser aplicada", afirmou nesta terça-feira (3). A audiência trouxe integrantes da Polícia Federal, Ministério das Relações Exteriores e representantes dos jornalistas.''
''Durante audiência pública para discutir a violência contra jornalistas, o presidente da Comissão da Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, deputado Efraim Filho (Democratas-PB), defendeu a fixação de punições severas para esses tipos de crimes. "Não podemos ser permissivos. A pena tem que ser dura e a lei deve ser aplicada", afirmou nesta terça-feira (3). A audiência trouxe integrantes da Polícia Federal, Ministério das Relações Exteriores e representantes dos jornalistas.''
Brasil é o país com mais jornalistas assassinados na América por motivos confirmados, segundo CPJ
Com três jornalistas assassinados, o Brasil é o país com mais mortes de profissionais da imprensa por motivos confirmados relacionados à profissão em 2012 no continente americano, segundo dados do Comitê de Proteção aos Jornalistas (CPJ), noticiou o portal Terra.
De acordo com dados divulgados no site do CPJ, o Brasil ocupa o 3º lugar entre os países de todo o mundo onde mais jornalistas foram assassinados este ano -- atrás apenas da Síria (18), Somália (8) e ao lado do Paquistão. Contagens de outras instituições apontam que o número de assassinatos de jornalistas no mundo em 2012, até agosto, já se aproxima do total de 2011, com 107 (segundo a Press Emblem Campaign) ou 90 (segundo o International News Safety Institute, o INSI) profissionais mortos, reportou a Folha de São Paulo.
Vale lembrar, no entanto, que os números divulgados pelo CPJ são apenas das mortes por motivos confirmados em relação à profissão jornalística. Em outros países da América Latina, há mais jornalistas assassinados, mas os motivos ainda não foram confirmados, segundo a organização: no México, cinco profissionais da imprensa foram mortos em 2012.
O caso mais recente no Brasil foi o assassinato a tiros do radialista esportivo Valério Luiz, em 5 de julho, quando o jornalista saía do prédio onde trabalhava. Além de Luiz, também tiveram mortes confirmadas em relação à profissão o jornalista e blogueiro Décio Sá, em abril, e o repórter Mário Randolfo Marques Lopes, em fevereiro. Por esses número, o INSI classificou o Brasil como um dos países mais perigosos para a imprensa no primeiro semestre de 2012.(texto retirado do site da ABRAJI).
Lendo esse texto nos vem vários questionamentos a respeito da profissão
será que temos condicões de de trabalhar divulgando informacões e colocando nossas opiniões em pauta, ou seja, exercendo nossa liberdade de expressão com a consciência limpa, sem receios? Será que o jornalista não trabalha sempre com o receio do que pode vir a acontecer em funcão dessa ameaça constante que encontramos no Brasil?
De acordo com dados divulgados no site do CPJ, o Brasil ocupa o 3º lugar entre os países de todo o mundo onde mais jornalistas foram assassinados este ano -- atrás apenas da Síria (18), Somália (8) e ao lado do Paquistão. Contagens de outras instituições apontam que o número de assassinatos de jornalistas no mundo em 2012, até agosto, já se aproxima do total de 2011, com 107 (segundo a Press Emblem Campaign) ou 90 (segundo o International News Safety Institute, o INSI) profissionais mortos, reportou a Folha de São Paulo.
Vale lembrar, no entanto, que os números divulgados pelo CPJ são apenas das mortes por motivos confirmados em relação à profissão jornalística. Em outros países da América Latina, há mais jornalistas assassinados, mas os motivos ainda não foram confirmados, segundo a organização: no México, cinco profissionais da imprensa foram mortos em 2012.
O caso mais recente no Brasil foi o assassinato a tiros do radialista esportivo Valério Luiz, em 5 de julho, quando o jornalista saía do prédio onde trabalhava. Além de Luiz, também tiveram mortes confirmadas em relação à profissão o jornalista e blogueiro Décio Sá, em abril, e o repórter Mário Randolfo Marques Lopes, em fevereiro. Por esses número, o INSI classificou o Brasil como um dos países mais perigosos para a imprensa no primeiro semestre de 2012.(texto retirado do site da ABRAJI).
Lendo esse texto nos vem vários questionamentos a respeito da profissão
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que escolhemos para exercer. Mas a pergunta principal é :será que temos condicões de de trabalhar divulgando informacões e colocando nossas opiniões em pauta, ou seja, exercendo nossa liberdade de expressão com a consciência limpa, sem receios? Será que o jornalista não trabalha sempre com o receio do que pode vir a acontecer em funcão dessa ameaça constante que encontramos no Brasil?
sábado, 29 de setembro de 2012
Voz da comunidade
Renë Silva é um dos ícones da nova geraçáo quando abordado o tema jornalismo da porta de casa, tema apresentado nas últimas aulas.
O garoto morador do complexo do alemäo, foi criador de um blog, que noticiou todos os acontecimentos de sua comunidade durante a operaçáo de retomada do morro pela polícia carioca. A informaçäo que era muito precária pelos veículos de comunicaçáo, até pelas distáncias que estes se encontravam da operaçäo, se tornaram uma arma nas mäos do jovem, que pode fornecer á sua maneira material tanto para os veículos nacionais, quanto para fora também.
Hoje, após alguns prëmios, várias palestras e uma vasta experiëncia adquirida o jovem, com seu blog "voz da comunidade'' säo uma referëncia no ramo jornalístico nacional.
http://renesilvasantos.blogspot.com.br/
Um tema antigo-atual
“Recentemente, uma campanha movida no Brasil contra a obrigatoriedade do diploma acadêmico para o exercício do jornalismo indicou até que ponto os pragmáticos chegam em seu desprezo pela teoria. Eles consideram que a simplicidade das técnicas jornalísticas dispensa uma abordagem teórica específica e uma formação especializada.”
Com essa citaçäo da jornalista e blogueira em seu blog do livro O Segredo da Pirâmide. Para uma teoria marxista do jornalismo de Adelmo Genro Filho, editado em1987, nos faz observar como um tema que é bastante discutido atualmente, já era pautado há 25 anos atrás.
Como muitos ignoram o olhar teórico e específico, só se importando com a prática, o feito.
Comparo esse pesamento com a filmagem de um jornal televisivo.
Antes de se fazer este programa há todo um preparo tanto dos jornalistas que preparam as matérias, tanto do pessoal do set de gravaçäo, tanto das equipes de externa que gravam as matérias na rua, ou seja há uma mobilizaçao para por toda aquela ''obra'' no ar.
Mas para essas pessoas que raciocinam como estes citados no trecho acima do livro do Adelmo ignoram todo esse processo e apenas däo valor ao que vai ar, näo valorizando tudo aquilo que deu origem ao produto final.
Näo sáo poucas o número de pessoas que pensam desta forma e para a profissäo do comunicador em geral em muito nos prejudica.
Aqui abaixo o texto completo do blog deSylvia Debossan Moretzsohn :
http://www.observatoriodaimprensa.com.br/news/view/_ed713_a_atualidade_de_um_classico
sábado, 22 de setembro de 2012
Matéria sobre Jornalismo Investigativo - Intermídias 2012
Segue abaixo um vídeo produzido pelo programa
'Conexões' (TV UFG) durante o Intermídias 2012 por acadêmicos do curso
de Jornalismo da Universidade Federal de Goiás.
Essa matéria aborda uma das questões faladas em sala que é a definição de jornalismo investigativo, seria um editorial à parte ou toda forma de jornalismo seria investigativo?
A reportagem também fala dos riscos em torno da profissão, em forma de alerta a todos que pretendem seguir nesta profissão.
Essa matéria aborda uma das questões faladas em sala que é a definição de jornalismo investigativo, seria um editorial à parte ou toda forma de jornalismo seria investigativo?
A reportagem também fala dos riscos em torno da profissão, em forma de alerta a todos que pretendem seguir nesta profissão.
Vivemos uma época de liberdade?
``Cumprindo determinação da Justiça Eleitoral de Macapá, a S/A O
Estado de S.Paulo retirou do ar o post do blog do jornalista João Bosco
Rabello, intitulado "Um prefeito sob controle judicial". A empresa foi
notificada nesta quarta, 19. No post, o jornalista, Diretor da sucursal
do Estado em Brasília, informava que o atual prefeito da capital do
Amapá, Roberto Goes (PDT), faz campanha com liberdade de movimentos
restrita por acordo judicial: não pode ir a locais públicos a partir de
determinados horários e nem se ausentar do Estado sem autorização
judicial.
A circunstância do prefeito tem origem na sua prisão durante operação da Polícia Federal, em 2010, que desbaratou uma quadrilha instalada na estrutura do Estado do Amapá. A matéria não faz juízo de valor sobre o político e nem entra no mérito de sua situação judicial. Apenas a relata.
O juiz eleitoral auxiliar da propaganda eleitoral, Adão Joel Gomes de Carvalho, porém, acatou pedido de censura ao post feito pela advogada Gláucia Oliveira, cuja argumentação se baseia no inusitado princípio de que a notícia jornalística tem que ser necessariamente "contemporânea". A advogada, com esse argumento, considerou que a memória do caso que originou a restrição ao prefeito foi uma iniciativa ofensiva do jornalista e com claro objetivo de causar prejuízo eleitoral ao candidato à reeleição, Roberto Goes.
Ipsis literis, o trecho da petição da advogada aceito pelo juiz:
"...Assim trazendo os fatos à memória do eleitor, principalmente nesse período eleitoral, não tem outro objetivo de sujar a figura e reputação do representante perante o eleitorado. É o que chama de culto à imagem negativa, que é repelido pela Justiça Eleitoral.
O direito de informar pressupõe a divulgação de matérias contemporâneas, para levar à apreciação da população situação que devem (sic) ser de conhecimento público, e por algum motivo não foram informados (sic)".
A S/A O Estado de S.Paulo já recorreu da decisão´´.
Em cima dessa matéria tenho certeza que todos os cidadãos se perguntam que tipo de liberdade de expressão é essa que ouvimos falar?
Logicamente, já demos um grande passo em relação a época da ditadura, no qual nenhuma informação era dada sem o consentimento do estado, mas é importante esse questionamento. Nos perguntarmos, calcados nessa reportagem e em tanto outros casos ,se vivemos em uma época no qual podemos falar ou escrever tudo aquilo que quisermos.
A circunstância do prefeito tem origem na sua prisão durante operação da Polícia Federal, em 2010, que desbaratou uma quadrilha instalada na estrutura do Estado do Amapá. A matéria não faz juízo de valor sobre o político e nem entra no mérito de sua situação judicial. Apenas a relata.
O juiz eleitoral auxiliar da propaganda eleitoral, Adão Joel Gomes de Carvalho, porém, acatou pedido de censura ao post feito pela advogada Gláucia Oliveira, cuja argumentação se baseia no inusitado princípio de que a notícia jornalística tem que ser necessariamente "contemporânea". A advogada, com esse argumento, considerou que a memória do caso que originou a restrição ao prefeito foi uma iniciativa ofensiva do jornalista e com claro objetivo de causar prejuízo eleitoral ao candidato à reeleição, Roberto Goes.
Ipsis literis, o trecho da petição da advogada aceito pelo juiz:
"...Assim trazendo os fatos à memória do eleitor, principalmente nesse período eleitoral, não tem outro objetivo de sujar a figura e reputação do representante perante o eleitorado. É o que chama de culto à imagem negativa, que é repelido pela Justiça Eleitoral.
O direito de informar pressupõe a divulgação de matérias contemporâneas, para levar à apreciação da população situação que devem (sic) ser de conhecimento público, e por algum motivo não foram informados (sic)".
A S/A O Estado de S.Paulo já recorreu da decisão´´.
Em cima dessa matéria tenho certeza que todos os cidadãos se perguntam que tipo de liberdade de expressão é essa que ouvimos falar?
Logicamente, já demos um grande passo em relação a época da ditadura, no qual nenhuma informação era dada sem o consentimento do estado, mas é importante esse questionamento. Nos perguntarmos, calcados nessa reportagem e em tanto outros casos ,se vivemos em uma época no qual podemos falar ou escrever tudo aquilo que quisermos.
domingo, 16 de setembro de 2012
Profissáo repórter: Jovens nas drogas
O programa Profissäo Repórter da Rede Globo que foi ao ar no dia 19/07/2011, reforça a idéia do último post.
O programa aborda uma consequëncia do descaso das autoridades com os jovens brasileiros, conduzindo-os para o mundo das drogas.
Ao mesmo tempo que o programa exibe essa realidade ele busca a todo momento relatos de fontes diferentes, com constataçöes diferentes, sempre tentando buscar o contraditório e assim cria um campo menos parcial e de maior credibilidade. Ou seja, reforça a idéia do Jornalismo Socialmente Responsável.
A importäncia da questáo social no trabalho jornalístico
''O Brasil vive um processo de expansão de sua democracia e as coberturas jornalísticas sobre as "questões sociais" assumem importância fundamental à medida que as ações voltadas para o campo social – representadas nas políticas públicas – adquirem posição central. ''
Esse trecho faz parte do trabalho de pesquisa de Leonel Aguiar*e Vinicius Neder**.
Práticas jornalísticas e políticas públicas:
Estudo dos indicadores de análise
das coberturas sobre crianças e adolescentes.
Uma pesquisa baseada na análise das coberturas sobre a exclusão social de crianças e adolescentes, analisando a relaçäo entre o trabalho jornalístico e a política.
Questës como essas, se tornam cada vez mais vistas em qualquer veículo de comunicaçäo diariamente, por isso se deve ter a máxima cautela e noçäo de como se escreve e do que se escreve.
Para isso o termo "jornalismo socialmente responsável", que tem como fundamentos o desenvolvimento humano e a abordagem contextualizada nos relatos jornalísticos sobre os diversos aspectos da questão social, vem a ensinar os jornalistas ou escritores a compreender o que é fazer um matéria . Para isso, é preciso que as matérias não sejam apenas um simples relato dos acontecimentos. A prática do "jornalismo socialmente responsável", conforme definida a partir da proposta da ANDI, pode ser resumida em determinados parâmetros que são, simultaneamente, éticos e da técnica jornalística: a pluralidade de fontes – com a busca pelo contraditório –, o banimento de termos pejorativos, a contextualização dos acontecimentos em uma visão social mais ampla, a correta citação das fontes, a utilização dos mecanismos do Estado democrático de direito como referência de garantia básica de cidadania e a referência a políticas públicas, ponto em destaque neste trabalho.
Esse tipo de trabalho jornalístico se torna fundamental nos dias de hoje, principalmente com a existëncia da internet, onde muitas pessoas escrevem ou dizem o que querem, muitas vezes sem o mínima responsabilidade e consciëncia. É garantido que esse tipo de pesquisa se torne um material menos parcial por causa da pluralidade de fontes utilizadas e a busca pelo contraditório. Ou seja o material tende a ser um projeto de maior credibilidade.
* Jornalista, doutor em Comunicação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e professor do Programa de Pós-graduação em Comunicação Social da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio).
** Jornalista, mestre em Comunicação Social pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e redator do Jornal da Ciência, veículo da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).
domingo, 9 de setembro de 2012
Um marco para o jornalismo investigativo
A jornalista e ex-produtora do Jornal Nacional da TV Globo, Cristina Guimarães, que dividiu o Prêmio Esso com Tim Lopes, produzia com ele as matérias de jornalismo investigativo do telejornal. Ameaçada de morte, saiu da emissora sete meses antes do assassinato de Tim Lopes. Segundo ela, a direção de jornalismo da Rede Globo foi informada sobre as ameaças que sofria por parte dos traficantes, mas nada fez para protegê-la.
" Eu falei sobre os riscos que estávamos correndo sete meses antes de os traficantes do Alemão matarem o Tim Lopes. Eu implorei por atenção a estas ameaças e o que fez a TV Globo? Ignorou tudo. Sete meses depois, eles pegaram o Tim. Na ocasião do Prêmio Esso, antes de o Tim ser morto, eu liguei para ele e o alertei sobre os riscos de ter exposto seu rosto nos jornais. Na nossa profissão, é preciso ter muito cuidado para mostrar a cara. É muita ingenuidade achar que traficante não assiste TV e não lê jornal."
Posteriormente, a jornalista entrou com uma ação judicial contra a rede, reclamando da falta de segurança para os jornalistas da emissora. Afinal, sempre em razão das ameaças sofridas, Cristina decidiu sair do Brasil.
Por volta das 17 horas do dia 2 de junho de 2002, domingo, Tim Lopes foi até a favela Vila Cruzeiro, no bairro do Complexo do Alemão, subúrbio do Rio de Janeiro, com uma microcâmera escondida numa pochete que levava na cintura, para gravar imagens de um baile funk promovido por traficantes de drogas. Ele havia recebido uma denúncia dos moradores da favela de que no baile acontecia a exploração sexual de adolescentes e a venda de drogas. Iria verificar também a informação de que os traficantes construíram um parque infantil numa via de acesso à comunidade, para dificultar a ação da polícia, e que desfilavam armados de fuzis.
Os traficantes estranharam a presença de Tim Lopes no local. Há suspeita de que, uma vez descoberto, sua morte tenha sido decidida como vingança pela reportagem feita anteriormente, sobre a venda de drogas no morro, veiculada em agosto de 2001 pela TV Globo. Depois dessa reportagem, vários traficantes foram presos e o tráfico da região teve um prejuízo em suas atividades criminosas por um longo tempo. Outras hipóteses são de que Tim Lopes tenha sido confundido com um policial ou um informante da polícia.
Segundo testemunhas, a morte de Tim Lopes foi definida pelo traficante Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco, um dos líderes do grupo criminoso Comando Vermelho, que dominava o Complexo do Alemão. As investigações indicam que participaram do crime outros nove traficantes de sua quadrilha. Antes da execução, os traficantes fizeram uma espécie de julgamento para decidir sobre a morte do jornalista. Ele foi torturado e em seguida morto. Em seguida, o corpo teria sido esquartejado e queimado - método popularmente chamado como "microondas", usado para ocultar o cadáver e o crime - na localidade da Grota. (Trecho retirado do wikipédia)
Esse episódio foi marcante na produção e atuação do jornalismo investigativo Brasileiro.
O posicionamento da profissão à frente da vida era facilmente encontrado pelos trabalhadores dessa área. A cobertura de operações policiais sem equipamentos de proteção, o risco diário e direto e as ameaças a que se expunham os repórteres nunca foram questionados pelos veículos de comunicação. Até o pior, com o assassinato de Tim tudo foi mudado com o intuito de preservar a vida desses profissionais. Os veículos passaram a se importar mais com seus profissionais, lhe dando um suporte maior para que pudessem trabalhar com mais tranquilidade. As subidas frequentes no qual os repórteres faziam em operações em morros foram diminuidas, como exemplo deste caso cito o caso da dominação do complexo do alemão. A maioria das coberturas midiáticas foram feitas na entrada do morro, longe de toda a operação e era possível notar a proteção com equipamentos de segurança e posicionamentos estratégicos utilizados pelos repórteres e câmeras.
Infelizmente precisou-se do pior para que todas essas medidas fossem tomadas, mas com a certeza de que Tim Lopes será eternamente lembrado com um heróico jornalista.
" Eu falei sobre os riscos que estávamos correndo sete meses antes de os traficantes do Alemão matarem o Tim Lopes. Eu implorei por atenção a estas ameaças e o que fez a TV Globo? Ignorou tudo. Sete meses depois, eles pegaram o Tim. Na ocasião do Prêmio Esso, antes de o Tim ser morto, eu liguei para ele e o alertei sobre os riscos de ter exposto seu rosto nos jornais. Na nossa profissão, é preciso ter muito cuidado para mostrar a cara. É muita ingenuidade achar que traficante não assiste TV e não lê jornal."
Posteriormente, a jornalista entrou com uma ação judicial contra a rede, reclamando da falta de segurança para os jornalistas da emissora. Afinal, sempre em razão das ameaças sofridas, Cristina decidiu sair do Brasil.
Por volta das 17 horas do dia 2 de junho de 2002, domingo, Tim Lopes foi até a favela Vila Cruzeiro, no bairro do Complexo do Alemão, subúrbio do Rio de Janeiro, com uma microcâmera escondida numa pochete que levava na cintura, para gravar imagens de um baile funk promovido por traficantes de drogas. Ele havia recebido uma denúncia dos moradores da favela de que no baile acontecia a exploração sexual de adolescentes e a venda de drogas. Iria verificar também a informação de que os traficantes construíram um parque infantil numa via de acesso à comunidade, para dificultar a ação da polícia, e que desfilavam armados de fuzis.
Os traficantes estranharam a presença de Tim Lopes no local. Há suspeita de que, uma vez descoberto, sua morte tenha sido decidida como vingança pela reportagem feita anteriormente, sobre a venda de drogas no morro, veiculada em agosto de 2001 pela TV Globo. Depois dessa reportagem, vários traficantes foram presos e o tráfico da região teve um prejuízo em suas atividades criminosas por um longo tempo. Outras hipóteses são de que Tim Lopes tenha sido confundido com um policial ou um informante da polícia.
Segundo testemunhas, a morte de Tim Lopes foi definida pelo traficante Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco, um dos líderes do grupo criminoso Comando Vermelho, que dominava o Complexo do Alemão. As investigações indicam que participaram do crime outros nove traficantes de sua quadrilha. Antes da execução, os traficantes fizeram uma espécie de julgamento para decidir sobre a morte do jornalista. Ele foi torturado e em seguida morto. Em seguida, o corpo teria sido esquartejado e queimado - método popularmente chamado como "microondas", usado para ocultar o cadáver e o crime - na localidade da Grota. (Trecho retirado do wikipédia)
Esse episódio foi marcante na produção e atuação do jornalismo investigativo Brasileiro.
O posicionamento da profissão à frente da vida era facilmente encontrado pelos trabalhadores dessa área. A cobertura de operações policiais sem equipamentos de proteção, o risco diário e direto e as ameaças a que se expunham os repórteres nunca foram questionados pelos veículos de comunicação. Até o pior, com o assassinato de Tim tudo foi mudado com o intuito de preservar a vida desses profissionais. Os veículos passaram a se importar mais com seus profissionais, lhe dando um suporte maior para que pudessem trabalhar com mais tranquilidade. As subidas frequentes no qual os repórteres faziam em operações em morros foram diminuidas, como exemplo deste caso cito o caso da dominação do complexo do alemão. A maioria das coberturas midiáticas foram feitas na entrada do morro, longe de toda a operação e era possível notar a proteção com equipamentos de segurança e posicionamentos estratégicos utilizados pelos repórteres e câmeras.
Infelizmente precisou-se do pior para que todas essas medidas fossem tomadas, mas com a certeza de que Tim Lopes será eternamente lembrado com um heróico jornalista.
Esportes são um dos temas da XXXV edição do INTERCOM
O Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação- , mais importante pólo de debate a respeito das teorias e práticas da profissão de jornalista, será realizado nos dias 3 a 7/9/2012, em Fortaleza, CE.O congresso que terá a sua trigésima quinta edição conta com vários palestrantes dos mais variados ramos, trazendo e fundamentando suas teorias a respeito da profissão.
Entre os diversos temas que serão apresentados na edição deste ano, Leonel Azevedo de Aguiar (Professor do Programa de Pós-graduação e coordenador do curso de Comunicação Social da PUC-Rio. Jornalista, doutor e mestre em Comunicação (UFRJ)) e Luisa Pronchnik (Mestre em Comunicação Social pela PUC-Rio. Jornalista diplomada pela FACHA, trabalha atualmente como editora do programa Globo Esportes da Rede Globo de Televisão) trazem o jornalismo esportivo como tônica de sua pesquisa e debate.
Com o tema ``Práticas Profissionais e Estratégias Narrativas no Jornalismo Esportivo´´, a dupla tenta identificar em seu trabalho
as práticas adotadas pelos jornalistas de três editorias e as estratégias narrativas utilizadas na construção de seus textos, em três sites: Lancenet!, Olé.com e o SportsIllustrated.com. O trabalho tem, como corpus, notícias sobre a Seleção Brasileira durante a Copa do Mundo de 2010. Utiliza-se a metodologia proposta por Nelson Traquina, que investiga semelhanças dos critérios de noticiabilidade em jornais de diferentes países, e empreende-se a análise de conteúdo das matérias selecionadas. A investigação revela semelhanças nas práticas jornalísticas e também diferenças na construção dos textos.
A pesquisa foi desenvolvida em três esferas: contextualização, estudo das práticas jornalísticas e a análise do conteúdo das notícias. Esta realiza-se em duas etapas. A primeira, com foco nas práticas profissionais, investiga se os jornalistas compartilham os mesmos critérios de noticiabilidade na seleção de acontecimentos e na construção de seus textos. A pesquisa baseia-se nos mesmos parâmetros utilizados por Nelson Traquina (2008) em sua investigação acerca das semelhanças e diferenças na cobertura de jornais estrangeiros. A segunda etapa, com foco nas estratégias narrativas, investiga como o Brasil, através de notícias sobre a Seleção Brasileira na Copa 2010, é narrado pelos três sites selecionados.
Esse é um dos vários trabalhos que serão apresentados do dia 3 ao dia 7 de setembro na trigésima quinta edição da INTERCOM 2012.
Para mais informações e acesso ao programa completo do GP em http://www.intercom.org.br/sis/2012/programacientifico.asp?
Entre os diversos temas que serão apresentados na edição deste ano, Leonel Azevedo de Aguiar (Professor do Programa de Pós-graduação e coordenador do curso de Comunicação Social da PUC-Rio. Jornalista, doutor e mestre em Comunicação (UFRJ)) e Luisa Pronchnik (Mestre em Comunicação Social pela PUC-Rio. Jornalista diplomada pela FACHA, trabalha atualmente como editora do programa Globo Esportes da Rede Globo de Televisão) trazem o jornalismo esportivo como tônica de sua pesquisa e debate.
Com o tema ``Práticas Profissionais e Estratégias Narrativas no Jornalismo Esportivo´´, a dupla tenta identificar em seu trabalho
as práticas adotadas pelos jornalistas de três editorias e as estratégias narrativas utilizadas na construção de seus textos, em três sites: Lancenet!, Olé.com e o SportsIllustrated.com. O trabalho tem, como corpus, notícias sobre a Seleção Brasileira durante a Copa do Mundo de 2010. Utiliza-se a metodologia proposta por Nelson Traquina, que investiga semelhanças dos critérios de noticiabilidade em jornais de diferentes países, e empreende-se a análise de conteúdo das matérias selecionadas. A investigação revela semelhanças nas práticas jornalísticas e também diferenças na construção dos textos.
A pesquisa foi desenvolvida em três esferas: contextualização, estudo das práticas jornalísticas e a análise do conteúdo das notícias. Esta realiza-se em duas etapas. A primeira, com foco nas práticas profissionais, investiga se os jornalistas compartilham os mesmos critérios de noticiabilidade na seleção de acontecimentos e na construção de seus textos. A pesquisa baseia-se nos mesmos parâmetros utilizados por Nelson Traquina (2008) em sua investigação acerca das semelhanças e diferenças na cobertura de jornais estrangeiros. A segunda etapa, com foco nas estratégias narrativas, investiga como o Brasil, através de notícias sobre a Seleção Brasileira na Copa 2010, é narrado pelos três sites selecionados.
Esse é um dos vários trabalhos que serão apresentados do dia 3 ao dia 7 de setembro na trigésima quinta edição da INTERCOM 2012.
Para mais informações e acesso ao programa completo do GP em http://www.intercom.org.br/sis/2012/programacientifico.asp?
sexta-feira, 7 de setembro de 2012
Blogueiro é um jornalista?
Segundo o Supremo Tribunal Federal, no dia 17/06/2009 definiu a não obrigatoriedade do currículo para a profissão de jornalista.
"O jornalismo é uma profissão diferenciada por causa da proximidade com a liberdade de expressão. Os jornalistas se dedicam profissionalmente ao exercício da liberdade de expressão", afirmou o ministro relator, Gilmar Mendes.
Essa medida nos faz pensar e refletir se é pertinente um aluno do curso de jornalismo, ficar durante quatro anos estudando as teorias e o ensinamento da parte prática da profissão em sala de aula.
Será que uma pessoa sem essa experiência acadêmica não conseguiria desempenhar uma função tanto quanto um graduado. Será que a teoria influencia tanto na prática.
O blogueiro por muitos encarado como um hobby e por outros como profissão, é um exemplo dessa questão.
Hoje em dia muitos jornalistas têm os seus blogs e postam matérias diárias, tendo milhares de visualizações. Mas também existe uma leva de blogs que também têm bastantes seguidores, mas que não são escritos por profissionais formados. É a chamada profissão de Blogueiro.
A pergunta chave do texto é Blogueiro é um jornalista?
Será que as questões éticas e comportamentais passadas durante o curso em uma faculdade alteram e atuam diretamente na atuação de um profissional. Ou simplesmente a prática, a rotina e os ensinamentos diários, tanto com a escrita, a gramática e com todas as questões envolvendo o que se escreve e de quem se escreve são suficientes para tornar-se um bom jornalista.
Fica a pergunta...
"O jornalismo é uma profissão diferenciada por causa da proximidade com a liberdade de expressão. Os jornalistas se dedicam profissionalmente ao exercício da liberdade de expressão", afirmou o ministro relator, Gilmar Mendes.
Essa medida nos faz pensar e refletir se é pertinente um aluno do curso de jornalismo, ficar durante quatro anos estudando as teorias e o ensinamento da parte prática da profissão em sala de aula.
Será que uma pessoa sem essa experiência acadêmica não conseguiria desempenhar uma função tanto quanto um graduado. Será que a teoria influencia tanto na prática.
O blogueiro por muitos encarado como um hobby e por outros como profissão, é um exemplo dessa questão.
Hoje em dia muitos jornalistas têm os seus blogs e postam matérias diárias, tendo milhares de visualizações. Mas também existe uma leva de blogs que também têm bastantes seguidores, mas que não são escritos por profissionais formados. É a chamada profissão de Blogueiro.
A pergunta chave do texto é Blogueiro é um jornalista?
Será que as questões éticas e comportamentais passadas durante o curso em uma faculdade alteram e atuam diretamente na atuação de um profissional. Ou simplesmente a prática, a rotina e os ensinamentos diários, tanto com a escrita, a gramática e com todas as questões envolvendo o que se escreve e de quem se escreve são suficientes para tornar-se um bom jornalista.
Fica a pergunta...
Estatuto dos Jornalistas do Brasil
Meu nome é Yuri Musser, estudante de comunicação da PUC-RIO e crio esse blog com o intuito de levantar questões críticas a respeito da profissão de jornalista. Pretendo abordar´desde métodos teóricos até a prática, passando por questões e conflitos éticos e comportamentais do profissional.
Para dar o pontapé inicial do Lente Investigativa gostaria de deixar um link do FENAJ (Federação Nacional dos Jornalistas), no qual estão presentes vários atributos e requisitos para uma pessoa física se tornar um bom jornalista.
http://www.fenaj.org.br/federacao/estatuto_fenaj.pdf
Para dar o pontapé inicial do Lente Investigativa gostaria de deixar um link do FENAJ (Federação Nacional dos Jornalistas), no qual estão presentes vários atributos e requisitos para uma pessoa física se tornar um bom jornalista.
http://www.fenaj.org.br/federacao/estatuto_fenaj.pdf
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